I Conferência Regional é realizada em União dos Palmares

A secretária adjunta do Trabalho, Emprego e Qualificação Profissional, Betânia Jatobá, abriu nesta terça-feira (18) a I Conferência Regional de Emprego e Trabalho Decente, realizada na sede da prefeitura de União dos Palmares. O evento teve como tema “Gerar emprego e trabalho decente para combater a pobreza e as desigualdades sociais”.

“Essa conferência se constitui em um amplo processo de discussão e diálogo social, com o grande objetivo de refletir e avaliar sobre o Plano Nacional de Emprego Decente em todo o país. Aqui se encontram os três segmentos, governo, empregador e trabalhador, para juntos contribuírem com a construção e promoção de uma Política Nacional de Emprego e Trabalho Decente. Os grupos de trabalho irão contribuir com sugestões e propostas que serão levadas para o encontro estadual, dia 29 de novembro”, assegurou.

O evento contou com a presença de representantes do município, de Santana do Mundaú e Ibateguara. Na oportunidade, o prefeito de União dos Palmares, Areski Freitas, parabenizou a escolha de sua cidade para sediar o evento, colocando o município à disposição de todos no desenvolver das discussões em prol de um trabalho decente e de qualidade.

“Precisamos tirar daqui bons frutos que contribuam com a melhoria da relação entre patrão e empregado. Apesar das dificuldades que enfrentamos após as cheias do ano passado, conseguimos uma recuperação mais rápida porque temos um comércio forte e feira livre que é referência para muitos municípios e fazendo que muitas empresas venham para cá”, afirmou o prefeito, informando que nos últimos 12 meses, 400 empresas foram formalizadas na Sala do Empreendedor do município.

A auditora fiscal do Ministério do Trabalho, Dulciane Montenegro, ministrou palestra sobre a importância da conferência, convocada pelo ex-presidente Lula. Nas discussões, ela colocou sobre o contrato de safra em Alagoas, defendendo uma mudança legislativa devido a falta de ocupação na entressafra.

Na palestra foram destacadas a informalidade na empregabilidade, o alto índice de jovens que estão fora do mercado de trabalho e sem atividades produtivas. Representando os empregadores, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Petrúcio Ferreira, fez várias reivindicações para a categoria, a exemplo da agricultura familiar ser vista com mais prioridade. Ferreira também demonstrou preocupação com a mecanização das usinas e a falta de qualificação dos cortadores de cana para serem inseridos em outras profissões.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Girlene Lázaro, falou sobre o interesse da sociedade com relação à proteção social, o diálogo e a garantia de empregos. “É importante valorizarmos essa relação entre governo, empregadores e trabalhadores”, concluiu.

Os grupos de trabalho discutiram sobre os princípios fundamentais do trabalho, proteção social, emprego e fortalecimento do tripartismo e o diálogo social como instrumento de governabilidade democrática. Também foram discutidos assuntos como inclusão produtiva de grupos vulneráveis, emprego rural, agricultura familiar, erradicação do trabalho infantil, trabalho escravo, saúde e segurança no trabalho, igualdade de oportunidades e de tratamento especialmente para jovens, mulheres e população negra, entre outros.