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Alagoas
30/12/2025 03:00:00

Impactos do Projeto de Transposição do Rio São Francisco em Milhões de Brasileiros até 2025

Esforços do Governo Federal para Expandir o Abastecimento de Água e Melhorar a Gestão dos Recursos Hídricos no Nordeste e Região Sul

Impactos do Projeto de Transposição do Rio São Francisco em Milhões de Brasileiros até 2025

Até o ano de 2025, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) focou seus esforços na garantia do abastecimento de recursos hídricos, no combate às enchentes e na elaboração de estratégias para a sustentabilidade dos recursos de água no Brasil.

Um destaque nesse contexto é o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), considerado a maior intervenção de infraestrutura hídrica realizada no país até então, com um investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões, beneficiando cerca de 12 milhões de residentes nas áreas atendidas.

O governo reafirmou seu compromisso com a segurança hídrica, reconhecendo isso como uma prioridade de infraestrutura essencial, conforme declara o secretário Giuseppe Vieira, da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH). Ele reforçou que 2025 foi marcado por avanços significativos na realização de obras históricas, na ampliação do acesso à água potável e na gestão eficiente dos recursos, sempre com o objetivo de garantir dignidade, promover o desenvolvimento e aumentar a resiliência das comunidades mais vulneráveis.

Dentro do programa Caminho das Águas, a SNSH apoiou ações fundamentais ao PISF, tais como o Ramal do Apodi, cujo investimento neste ano totalizou R$ 270 milhões. Além disso, houve melhorias no Cinturão das Águas no Ceará, modernizações em reservatórios estratégicos e processos licitatórios para ampliar a capacidade de bombeamento no Eixo Norte, cuja soma de recursos ultrapassou R$ 95,8 milhões.

No campo das obras de infraestrutura, a conclusão da Barragem Panelas II representou uma conquista importante em 2025, garantindo abastecimento para uma população de 199 mil habitantes, através de um aporte de R$ 114 milhões financiados pelo Novo PAC e pelo PAC 2. Outras ações relevantes incluíram a finalização de adutoras em estados como Pernambuco, Paraíba e Piauí, além da conclusão de reservatórios estratégicos, como a Barragem de Oiticica, no Rio Grande do Norte, que atende a 22 municípios e 294 mil indivíduos, com um custo de R$ 85,4 milhões.

No Sul do Brasil, os avanços concentraram-se na contenção de enchentes e no aumento da capacidade de armazenamento de água. Destacam-se a Barragem do Arroio Taquarembó, em Dom Pedrito (RS), que integra usos múltiplos de abastecimento, irrigação e preservação de ecossistemas, assim como as obras em andamento das barragens do Arroio Jaguari, em São Gabriel, beneficiando aproximadamente 240 mil habitantes da Bacia do Rio Santa Maria, além da Barragem de Arvorezinha, criada para reforçar a segurança hídrica diante das estiagens e melhorar o fornecimento urbano.

A revitalização de nascentes e rios também apresentou resultados expressivos, com a aprovação de 96 projetos pelo Programa Nacional de Revitalização de Bacias Hidrográficas. Esses investimentos, que totalizam R$ 2,4 bilhões, vêm de recursos obtidos na desestatização da Eletrobras e focam em rios estratégicos como São Francisco, Parnaíba e áreas sob influência dos reservatórios de Furnas. Um destaque adicional foi a expansão do Programa Água Doce, que neste ano implantou 140 sistemas de dessalinização em comunidades rurais do Semiárido, com um investimento de R$ 43,4 milhões. Atualmente, essas unidades fornecem água para cerca de 307 mil pessoas, produzindo quase cinco milhões de litros diários e capacitando operadores locais.

No que se refere ao planejamento e à governança, o Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) 2022-2040 foi atualizado, incluindo a criação de indicadores de monitoramento, a implementação do painel SIGA-PNRH e a avaliação do estado dos planos estaduais de recursos hídricos em diversas regiões do país.

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) também passou por uma reestruturação, reforçando a participação social, reativando câmaras técnicas e realizando encontros periódicos, com o objetivo de ampliar a governança colaborativa.

No setor agrícola, avanços significativos ocorreram na irrigação e na produçãosustentável, incluindo a regulamentação da Política Nacional de Irrigação, reconhecimento de novos polos irrigantes, estímulo ao reuso de água e suporte à agricultura familiar irrigada, buscando aumentar a produção de alimentos, criar oportunidades econômicas e melhorar o uso hídrico.

O projeto Caminho das Águas reforçou o compromisso do governo de ampliar e divulgar ações de infraestrutura hídrica no Nordeste, sobretudo no semiárido. Durante sua implementação, visitas técnicas e entregas de obras essenciais ocorreram em estados como Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, contemplando barragens, adutoras, sistemas de dessalinização e perfuração de poços.

Essa trajetória resultou no fortalecimento de mais de 70 ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), beneficiando milhares de comunidades rurais e urbanas na região.