Na manhã do domingo (28), uma nova leva de aeronaves militares norte-americanas aterrissou em Porto Rico, sinalizando o aumento da presença militar dos Estados Unidos na região, enquanto as tensões com a Venezuela continuam a escalar.
Os aviões de transporte C-130J Super Hercules foram observados movendo-se na pista e realizando decolagens no Aeroporto Rafael Hernandez, localizado na cidade de Aguadilla, Porto Rico.
Além disso, veículos militares como Humvees e MRAPs — veículos altamente protegidos contra minas e emboscadas — também foram avistados na mesma área no domingo. Para fortalecer ainda mais sua presença, os Estados Unidos enviaram drones MQ-9 Reaper ao arquipélago caribenho.
A escalada de tensão entre Washington e Caracas intensificou-se a partir de agosto, mês em que o governo de Donald Trump aumentou a recompensa por informações que levem à prisão do presidente Nicolás Maduro para US$ 50 milhões.
Nos últimos meses, as forças americanas deslocaram aeronaves, veículos, milhares de soldados e um grupo de ataque de porta-aviões para o Caribe, sob a justificativa de combater o tráfico de drogas.
As operações envolveram ataques a embarcações suspeitas de transporte de entorpecentes no Caribe e no Pacífico, ações que, por sua vez, levantaram debates sobre sua legalidade.
Os Estados Unidos também reforçam sua postura contra Maduro, acusado pela Casa Branca de manter ligações com organizações de narcotráfico, incluindo o Cartel de Los Soles.
De acordo com informações obtidas pela imprensa, o governo de Donald Trump estaria formulando planos para o período imediatamente após a deposição de Maduro, embora ainda não haja uma decisão definitiva sobre uma intervenção direta na Venezuela.
Em novembro, Trump manteve contato telefônico com Maduro, poucos dias antes de os EUA classificarem o líder venezuelano como integrante de uma organização terrorista estrangeira. Maduro teria recebido um ultimato para renunciar ao cargo, o que não ocorreu.
Outra ação que contribuiu para a deterioração das relações foi a apreensão de um petroleiro próximo às costas venezuelanas, considerada pelo regime de Maduro como um "ato de pirataria internacional" e um "roubo descarado" por parte dos americanos.
Mais tarde, Trump anunciou a implementação de um "bloqueio completo" aos petroleiros sancionados da Venezuela, deixando claro que ninguém passaria sem autorização legal adequada.