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Saúde
29/12/2025 11:00:00

Linfoma de Hodgkin: uma análise sobre a doença que levou a jovem gimnasta Isabelle Marciniak a falecer

Entenda os riscos, sintomas e tratamento de um câncer que afeta principalmente adultos jovens

Linfoma de Hodgkin: uma análise sobre a doença que levou a jovem gimnasta Isabelle Marciniak a falecer

A morte da jovem atleta brasileira Isabelle Marciniak, de apenas 18 anos, ocorrida na quarta-feira (24), trouxe à tona discussões sobre o linfoma de Hodgkin. A campeã estadual e nacional enfrentava a enfermidade, mas infelizmente não resistiu.

Este caso evidencia um tipo de câncer que, embora seja menos frequente do que outros linfomas, apresenta uma incidência significativa na faixa de adultos jovens entre 15 e 30 anos. O linfoma de Hodgkin é uma neoplasia que surge no sistema linfático, uma rede composta por órgãos como os linfonodos e a tÍngua, essenciais para a defesa do organismo e a produção de células imunológicas.

A doença ocorre quando um linfócito — uma célula de defesa — sofre transformação maligna, formando a denominada célula de Reed-Sternberg, que se multiplica de forma descontrolada e pode se espalhar pelo corpo através dos vasos linfáticos. Um dos principais sinais do linfoma de Hodgkin é o aumento indolor dos linfonodos, frequentemente localizado no pescoço, axilas ou virilha, diferentemente de infecções comuns que provocam inchaço doloroso nesses órgãos.

Além disso, outros sinais sistêmicos, conhecidos como 'sintomas B', podem incluir febre persistente sem causa aparente, sudores noturnos intensos, perda involuntária de peso superior a 10% do peso corporal, coceira na pele e fadiga extrema. O diagnóstico da doença depende de uma biópsia, na qual um fragmento de um linfonodo alterado é removido e examinado em laboratório.

Exames de imagem, como tomografias computadorizadas e PET-Scans, auxiliam na determinação do estágio em que a enfermidade se encontra. O tratamento mais comum combina quimioterapia, com o uso de múltiplos medicamentos, e radioterapia, em muitos casos. Quando o câncer recidiva ou não responde ao tratamento inicial, pode ser necessário um transplante de medula óssea.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) indicam que o linfoma de Hodgkin apresenta altas taxas de cura, com índices superiores a 80% quando detectado precocemente.

Essa alta taxa reforça a importância de reconhecer os sinais do corpo e buscar assistência médica rapidamente para aumentar as chances de sucesso no tratamento.