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Ex-presidente Bolsonaro deve realizar nova intervenção médica na próxima semana devido a crise de soluços

Equipe de saúde confirma procedimento na segunda-feira, após episódio de crise na noite de sexta-feira

Ex-presidente Bolsonaro deve realizar nova intervenção médica na próxima semana devido a crise de soluços

Na manhã deste sábado (27), os profissionais de saúde que acompanham Jair Bolsonaro (PL) forneceram detalhes atualizados sobre seu estado clínico após a realização de um procedimento denominado bloqueio anestésico do nervo frênico. A intervenção ocorreu neste mesmo dia, e o ex-presidente permanece sob observação hospitalar.

Inicialmente, a estratégia era gerenciar os sintomas com medicamentos existentes. Contudo, Bolsonaro, que na hora do procedimento não apresentava soluços, sofreu uma forte crise na sexta-feira à noite (26), que interrompeu seu sono e o deixou bastante abatido. Diante disso, a equipe médica decidiu avançar com o bloqueio anestésico.

Segundo informações, a anestesia foi aplicada no nervo frênico do lado direito, com duração aproximada de uma hora. Ainda há a possibilidade de realizar uma intervenção semelhante no lado esquerdo na próxima segunda-feira (29), porém, é necessário avaliar possíveis efeitos colaterais antes.

De acordo com os profissionais, a decisão foi tomada considerando o prazo até segunda-feira, dia 29, e a necessidade de agir. “Hoje (sábado) foi realizado o procedimento do lado direito. Segunda faremos do lado esquerdo, se tudo estiver dentro do esperado”, explicaram.

Por se tratar de um procedimento invasivo, especialmente dada a condição de saúde de Bolsonaro, que tem 70 anos, os especialistas optaram por não realizar ambas as intervenções simultaneamente. Isso ocorre por conta do risco de dessaturação, que acontece quando há uma redução dos níveis de oxigênio no sangue.

Os médicos repetiram que a previsão de internação permanece entre cinco e sete dias. Caso decidam seguir com a intervenção na próxima semana, esse período não deve sofrer alterações. O cirurgião geral Claudio Birolini afirmou que, após o procedimento na segunda-feira, Bolsonaro deverá permanecer pelo menos mais 48 horas no hospital, recebendo alta caso sua recuperação seja satisfatória.

Se o procedimento não atingir os resultados esperados, os médicos garantem que irão reconsiderar a estratégia e buscar a melhor alternativa possível. Atualmente, toda a intervenção é uma internação, sem intenção de avançar além do planejado.

Embora o bloqueio possa ajudar a controlar as crises de soluços, ele também apresenta riscos, como a possibilidade de paralisia temporária do diafragma, o que pode dificultar a respiração. Esses riscos são mais elevados em pacientes com histórico de apneia do sono, tosse crônica ou outras condições respiratórias, que são condições presentes no ex-presidente.

Desde 24 de dezembro, Bolsonaro está hospitalizado no DF Star, onde já passou por uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral, realizada em 25 de dezembro, no Natal. Michelle Bolsonaro permanece como acompanhante constante, enquanto o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou na quarta-feira (24) que os filhos Flávio, Carlos, Jair Renan e Laura possam visitá-lo, de acordo com as normas gerais do hospital.

Atualmente, Bolsonaro permanece no quarto do hospital, recebendo sessões de fisioterapia e tratamentos medicamentosos para a prevenção de trombose.