Neste sábado (27), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que irá manter conversas com dirigentes europeus após uma reunião prevista com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no domingo (28).
A iniciativa ocorre em meio aos esforços de Kiev para obter apoio internacional mais firme contra a escalada do conflito com Moscou. Zelensky declarou ter dialogado com um grupo de aliados da Ucrânia para alinhar prioridades na esfera diplomática, destacando que, após o encontro com Trump, continuará as negociações para reforçar as estratégias do país.
Em publicação no aplicativo de mensagens Telegram, o líder afirmou: "Amanhã, após o encontro com o presidente Trump, prosseguiremos as discussões". A tensão na região se intensificou na madrugada deste sábado, quando a Rússia lançou um dos ataques mais extensos de 2023 contra o território ucraniano, poucas horas antes do encontro entre Zelensky e Trump na Flórida.
O ataque aéreo na capital Kiev resultou na morte de pelo menos duas pessoas e deixou 44 feridos, incluindo duas crianças, de acordo com fontes locais. Além disso, mais de 40% dos edifícios residenciais na cidade permaneceram sem aquecimento, devido às temperaturas extremamente baixas, conforme divulgou Oleksiy Kuleba, ministro do governo, nas redes sociais.
O episódio de violência durou quase dez horas, durante as quais sirenes de alerta aéreo ecoaram continuamente, mantendo a população sob estado de alerta constante. Durante uma viagem aérea rumo aos EUA, Zelensky comentou que busca, nas negociações com Trump, garantias de segurança juridicamente obrigatórias para a Ucrânia, como condição para um possível acordo de paz. Ele destacou ainda a necessidade de reforçar a defesa aérea do país, que sofre ataques incessantes. "O apoio europeu é crucial neste momento.
Ainda não temos sistemas de defesa aérea adicionais suficientes", afirmou o presidente. Antes de sua reunião com Trump, Zelensky fez uma parada no Canadá neste sábado, onde conversou com o primeiro-ministro Mark Carney. Em entrevista concedida em Halifax, na Nova Escócia, o chefe do governo canadense anunciou uma assistência financeira de 2,5 bilhões de dólares canadenses para a Ucrânia, reforçando o compromisso de apoio ao país em meio ao conflito.
O líder ucraniano também pontuou a importância de ampliar a cooperação com aliados internacionais para fortalecer sua segurança e estabilidade diante da agressão russa.