27/12/2025 06:47:36

Justiça
27/12/2025 05:00:00

Empresário de Alagoas, líder suspeito de esquema criminoso, é libertado sob novas condições

Decisão do STF substitui prisão preventiva por medidas cautelares, incluindo monitoramento eletrônico

Empresário de Alagoas, líder suspeito de esquema criminoso, é libertado sob novas condições

O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou a troca da prisão preventiva de Alan Cavalcante do Nascimento, empresário alagoano, por um conjunto de restrições legais. O magistrado Dias Toffoli ordenou a substituição após suspeitas de sua liderança em uma organização criminosa relacionada a esquemas de corrupção no setor de mineração.

Alan Cavalcante foi detido em setembro durante a operação policial denominada Rejeito, conduzida pela Polícia Federal. Com essa mudança, ele agora cumprirá sua pena em liberdade. Este empresário, que construiu sua fortuna no estado de Minas Gerais, foi identificado pela PF como o comandante da Máfia da Mineração no país.

Segundo o ministro Toffoli, as novas medidas cautelares aplicadas garantem a efetividade do processo penal, asseguram a manutenção da ordem pública e econômica e colaboram para o progresso das investigações judiciais. Além de Alan, as decisões judiciais também beneficiaram Rodrigo de Melo Teixeira, ex-diretor da Polícia Federal; João Alberto Paixão Lages, ex-deputado estadual de Minas Gerais; e Helder Adriano de Freitas, que teria sido um dos articuladores do esquema criminoso.

Para o caso do alagoano, as restrições incluem o uso de uma tornozeleira eletrônica para monitoramento, a entrega do passaporte, o recolhimento domiciliar durante o período noturno e a proibição de deixar o país ou o estado onde reside.

As apurações indicam que a suposta organização liderada por Alan movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão. Além disso, a investigação aponta que ele recebeu mais de R$ 225 milhões das empresas envolvidas, entre dezembro de 2019 e dezembro de 2024.

As investigações também apontam possíveis tentativas de influência sobre o Poder Judiciário, com Alan adquirindo imóveis em edifícios e condomínios onde moravam juízes responsáveis por processos relacionados a casos de corrupção envolvendo suas atividades ilícitas.