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Greve
25/12/2025 02:00:00

Categoria de tripulantes de voo avalia possibilidade de greve a partir de 1º de janeiro

Decisão depende do resultado de assembleias e votação sobre proposta salarial apresentada ao TST

Categoria de tripulantes de voo avalia possibilidade de greve a partir de 1º de janeiro

A partir do dia 1º de janeiro, tripulantes de companhias aéreas, incluindo pilotos, copilotos, comissários e demais profissionais que atuam a bordo de voos comerciais, poderão iniciar uma greve nacional.

Contudo, a decisão final ainda depende do resultado de duas assembleias realizadas pela categoria. Conforme informações do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), uma nova proposta de reajuste salarial foi apresentada nesta terça-feira (23) durante audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A avaliação dessa proposta será feita por meio de uma votação em assembleia virtual, que ocorrerá entre os dias 26 e 28. Caso os trabalhadores rejeitem a oferta, uma nova reunião presencial está agendada para o dia 29, na cidade de São Paulo. A partir dessa decisão, a paralisação poderá ser deflagrada já no primeiro dia de 2026. Segundo o TST, a ideia de uma nova proposta foi elaborada de forma colaborativa entre as partes envolvidas.

O documento prevê um aumento salarial de 4,68%, incluindo um ganho real de 0,5% e a recomposição da inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além do reajuste salarial, o pacote inclui uma majoração de 8% no vale-alimentação e outros benefícios.

Tiago Rosa, presidente do SNA, explicou em uma transmissão ao vivo para os associados que, caso a proposta seja recusada na votação de 28 ou na reunião presencial de 29, a mobilização poderá resultar na greve já na manhã de 1º de janeiro.

Ele reforçou que a categoria está preparada e organizada para essa possibilidade, e que todos os detalhes serão esclarecidos na assembleia do dia 29. Rosa destacou ainda que os representantes sindicais foram chamados ao TST nesta terça-feira para uma nova rodada de negociações e que levam uma proposta reforçada para deliberar com os profissionais.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) foi contatado, mas ainda não se pronunciou oficialmente sobre a situação.