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Acidente
24/12/2025 11:00:00

Universidade Federal de Alagoas enfrenta orçamento reduzido em 2026

Cortes de recursos impactam diversas áreas, especialmente assistência estudantil e pesquisa

Universidade Federal de Alagoas enfrenta orçamento reduzido em 2026

Uma avaliação preliminar do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) para o ano de 2026, divulgada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) na última segunda-feira (22), revela uma diminuição de R$ 488 milhões no financiamento total destinado às 69 universidades federais do país.

De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), a instituição deverá sofrer um corte de aproximadamente R$ 8,2 milhões em seu orçamento, o que representa uma redução de 7,15% em relação ao valor inicialmente previsto de R$ 115.702.474,00 no projeto de lei. A área de assistência estudantil na Ufal será uma das mais afetadas por esses cortes.

Das R$ 29.896.829,00 originalmente destinados para esse setor em 2026, houve uma redução de 7,24%, reduzindo o montante para R$ 27.733.044,00, recursos essenciais para garantir a permanência de estudantes em condições vulneráveis socioeconômicas. O PLOA de 2026 previa uma verba total de R$ 6,89 bilhões para as universidades federais.

Entretanto, o texto aprovado pelo Congresso na sexta-feira (19) confirmou uma redução de R$ 488 milhões, levando o orçamento total para aproximadamente R$ 6,43 bilhões no próximo ano.

Em nota oficial, a entidade representante das universidades afirmou que o corte abrange todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede de ensino superior federal. A assistência estudantil aparece como uma das áreas mais afetadas pelos ajustes financeiros, sendo considerada estratégica para manter estudantes em situação de vulnerabilidade e para a implementação efetiva da nova Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES).

Segundo a nota, aproximadamente R$ 100 milhões foram retirados dessa ação, equivalente a uma redução de 7,3%, o que compromete diretamente a implementação da política e ameaça avanços recentes na democratização do acesso e na permanência no ensino público superior.

A preocupação é ainda maior diante do risco de que o orçamento das universidades federais em 2026 seja inferior ao de 2025, após ajustes inflacionários e reajustes contratuais obrigatórios, sobretudo relacionados à mão de obra. A situação se agrava com cortes similares nos orçamentos da Capes e do CNPq, ameaçando o andamento das atividades de pesquisa, ensino e extensão, além da sustentabilidade administrativa dessas instituições e da permanência de estudantes em condições vulneráveis.

A redução de recursos também representa obstáculos ao desenvolvimento científico e à soberania do país. Apesar do diálogo mantido com o Ministério da Educação, que reconhece a gravidade do cenário, a Andifes reforça a necessidade de ações imediatas para recompor os fundos cortados, sob pena de prejudicar o funcionamento regular das universidades federais e limitar seu papel estratégico no progresso social, econômico e científico.

A entidade continuará atuando de forma firme, articulando esforços com o governo federal e o parlamento para garantir a recomposição do orçamento das universidades, promover a valorização da educação pública superior e cumprir o compromisso do Estado brasileiro com a ciência e a redução das desigualdades sociais e regionais.