Com a chegada do verão, é fundamental reforçar as ações preventivas contra o hordéolo, uma inflamação que afeta as glândulas das pálpebras. Condições de altas temperaturas e umidade podem comprometer o funcionamento dessas glândulas sebáceas, responsáveis por garantir a proteção ocular através de secreções oleosas, tornando os olhos mais vulneráveis a infecções.
O hordéolo, popularmente conhecido como terçol, manifesta-se como uma inflamação aguda nas glândulas das pálpebras, frequentemente ocasionada por bloqueios e infecções bacterianas.
Geralmente, surge como uma pequena protuberância visível ou ao toque na região das pálpebras, perto dos cílios, e pode persistir por dias ou até semanas. Segundo o oftalmologista Dr. Gabriel Olivo, do H.Olhos, hospital da Rede Vision One, os principais sinais do terçol incluem: - Dor ao piscar; - Inchaço e sensação de peso nas pálpebras; - Vermelhidão; - Lacrimejamento excessivo; - Coceira nos olhos; - Sensibilidade à luz.
Ele explica que diversos fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento, incluindo irritações contínuas na área, condições dermatológicas, uso prolongado e incorreto de lentes de contato, higiene inadequada das pálpebras, uso de maquiagem e alterações hormonais.
O problema pode atingir pessoas de todas as idades, em qualquer estação do ano, e não é transmissível. Contudo, as condições de calor e umidade típicas do verão podem afetar o funcionamento das glândulas sebáceas, reduzindo a produção de óleos essenciais que ajudam a proteger os olhos e aumentando a suscetibilidade a infecções. Portanto, reforçar os cuidados durante essa estação é crucial.
O especialista recomenda práticas básicas para prevenir e lidar com o hordéolo, como: - Lavar as mãos frequentemente e evitar tocar ou coçar os olhos; - Manter os olhos afastados de poeira ou agentes irritantes;
- Seguir rigorosamente a higiene das lentes de contato; - Remover a maquiagem antes de dormir e realizar limpezas regulares de pálpebras e cílios com shampoos neutros ou soluções específicas para higiene ocular; - Não compartilhar objetos de uso pessoal que entrem em contato com os olhos, como maquiagens, fronhas ou toalhas. Ao perceber sintomas de hordéolo, o indicado é aplicar compressas de água morna e manter a limpeza da área das pálpebras e cílios com cuidado.
Caso os sintomas persistam, piorem ou haja sinais de infecção bacteriana, é imprescindível procurar um oftalmologista para receber o tratamento adequado. "Se não houver melhora, ou se a inflamação piorar, o acompanhamento médico é essencial para evitar complicações e o reaparecimento do problema", alerta o especialista.
Dr. Gabriel Olivo também destaca que episódios recorrentes podem ocorrer devido a fatores específicos, sendo fundamental acompanhamento médico contínuo para identificar e tratar as causas subjacentes corretamente.
Embora o terçol não seja contagioso, trata-se de um processo infeccioso refletido por desequilíbrios locais ou sistêmicos, o que exige atenção clínica para prevenir novas crises e possíveis complicações oculares.