Neste domingo (21), o Brasil deu início à estação mais quente do ano, marcando oficialmente o começo do verão com o fenômeno do solstício, que faz deste dia o mais extenso e a noite mais curta de 2023 no país. Este evento astronômico ocorre devido à inclinação máxima do Hemisfério Sul, que está aproximadamente a 23,5 graus em direção ao Sol, recebendo seus raios de forma mais direta e por mais horas. Essa inclinação é responsável pela existência das diferentes estações ao longo do ciclo anual. À medida que a Terra orbita ao redor do Sol, cada hemisfério se inclina ou se afasta da estrela, modificando a intensidade e a duração da luz solar. Assim, o solstício de verão no hemisfério sul coincide com o início do inverno no hemisfério norte, com a situação se inverter em junho. Além dos solstícios, os equinócios, que acontecem na primavera e no outono, representam os momentos em que a incidência solar é uniforme nos dois hemisférios, gerando dias e noites de duração semelhante. Durante o solstício de verão, o Sol alcança sua posição mais elevada no céu ao meio-dia, posicionando-se diretamente sobre o Trópico de Capricórnio. Este fenômeno é observado simultaneamente em todo o planeta ao horário de Brasília. A origem do termo 'solstício' vem do latim, combinando 'sol' (Sol) e 'sistere' (parar), refletindo a aparente pausa que o movimento solar faz antes de reverter sua trajetória em direção ao norte.
Celebrado mundialmente, o solstício marca diversas manifestações culturais que celebram a luz. Enquanto os brasileiros comemoram o início do verão, países do Hemisfério Norte realizam rituais que celebram o retorno gradual da luz após o solstício de inverno.
Na Europa, na Suécia, por exemplo, o solstício de verão, ocorrido em junho, é festejado com danças tradicionais e coroas de flores. Nos Estados Unidos, várias tribos indígenas realizam cerimônias como a Dança do Sol, além do famoso 'Jogo do Sol da Meia-Noite' no Alasca, uma partida de beisebol que ocorre com o Sol visível durante a noite.