Nos últimos cinco anos, os produtores rurais do Rio Grande do Sul tiveram uma redução de aproximadamente 48 milhões de toneladas na produção de grãos, devido às condições climáticas extremas.
Essas variações, que incluíram períodos de estiagem severa e enchentes devastadoras, resultaram em perdas financeiras expressivas. De acordo com informações recentes, o prejuízo econômico acumulado alcançou a marca de R$ 126 bilhões entre 2020 e 2025, evidenciando a gravidade dos efeitos das mudanças climáticas no setor agropecuário do estado.
A consequência dessas adversidades é uma diminuição significativa na produção agrícola, refletindo-se também na economia gaúcha. Para o presente ano, a Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul projeta uma redução superior a 10% no Produto Interno Bruto (PIB) do segmento agrícola, agravando ainda mais a crise.
Este ciclo de perdas contínuas tem provocado uma reação em cadeia na economia local, elevando o nível de endividamento dos agricultores a níveis quatro vezes maiores do que o habitual. Essa elevação dificulta o acesso a novas linhas de crédito rural, essenciais para o financiamento de futuras colheitas e para a recuperação de áreas danificadas.
O impacto do clima extremo não apenas compromete a produção, mas também desestabiliza a saúde financeira do setor, tornando a recuperação um desafio ainda maior para os agricultores gaúchos, que enfrentam uma das fases mais difíceis de sua história recente.