18/12/2025 17:25:00

Educação
18/12/2025 11:00:00

Mudanças Tributárias Beneficiam Professores da Educação Básica com Isenções e Reduções no IRPF em 2026

Novo mecanismo fiscal promete maior alívio financeiro para docentes, especialmente aqueles com rendimentos próximos ao piso salarial

Mudanças Tributárias Beneficiam Professores da Educação Básica com Isenções e Reduções no IRPF em 2026

De acordo com uma legislação aprovada pelo governo federal, a Lei nº 15.270/2025 deve impactar positivamente cerca de 73% dos professores da educação básica, que passarão a ter isenção ou redução no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) já no próximo ano de 2026.

A expectativa é que aproximadamente 1,5 milhão de educadores vejam suas despesas com impostos diminuírem, enquanto cerca de 620 mil deixarão de pagar o imposto completamente. Essa mudança financeira resulta em uma economia anual de cerca de R$ 5 mil por profissional.

Dados de uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada nesta quarta-feira, 17 de dezembro, confirmam como a nova política tributária do Governo do Brasil — mais justa — irá beneficiar os docentes. Além das medidas fiscais, o Ministério da Educação (MEC) tem promovido ações para valorizar a carreira dos professores, como o programa Mais Professores para o Brasil.

Segundo o estudo, a iniciativa atingirá pelo menos 1,5 milhão de professores da educação básica, proporcionando a eles maior capacidade de consumo, seja por meio de isenção ou redução de IR. Aproximadamente 620 mil desses profissionais deixam de pagar o imposto integralmente devido à nova legislação.

As alterações ampliam a faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil mensais e criam uma faixa intermediária com redução de imposto para rendimentos de até R$ 7.350 por mês.

Para estimar o impacto, a pesquisa utilizou a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2022, atualizada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até outubro de 2025. A análise classificou os docentes em três categorias: isentos, com redução de imposto e sujeitos à alíquota máxima de 27,5%.

A metodologia combinou códigos de ocupação (CBO) e atividade econômica (CNAE), baseando-se em nota técnica do Inep sobre remuneração docente. Após excluir casos atípicos (salários elevados, jornadas reduzidas, remunerações nulas etc.), o Ipea identificou aproximadamente 1,95 milhão de profissionais vinculados ao magistério da educação básica.

Dados sobre a origem do magistério indicam que a proposta favorece especialmente professores com apenas uma vaga no setor, sendo que 60,8% desses profissionais ficarão isentos e 21,1% terão redução de IR. Assim, cerca de 82% desses docentes verão seus encargos fiscais reduzidos ou eliminados. Para quem possui múltiplos vínculos na área, 32,2% são isentos e 26,1% têm redução, refletindo rendimentos médios mais altos.

Ainda, professores com empregos em outras áreas apresentam 40,3% de isenção e 20,9% de redução, embora 38,8% continuem na alíquota máxima. Esses números demonstram que a reforma tributária impacta mais diretamente quem tem o magistério como principal fonte de renda.

Observa-se também uma diversidade significativa entre diferentes redes de ensino e regiões do país. Na rede privada, a maioria dos docentes (82,2%) se enquadra na nova faixa de isenção, devido à prevalência de jornadas parciais e salários médios menores. Já na rede pública, embora a maioria dos vínculos seja municipalizada ou estadual, há uma porcentagem maior de professores acima do limite de isenção.

Regionalmente, as regiões Sudeste e Sul apresentam as maiores proporções de docentes na faixa de isenção ou redução, enquanto a região Centro-Oeste concentra uma maior parte de profissionais na alíquota máxima, indicando médias salariais mais elevadas na área.

Assessoria de Comunicação do MEC, com informações do Ipea