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Acidente
18/12/2025 03:00:00

Tribunal mantém detenção de mulher acusada de homicídio de recém-nascida em Alagoas

Justiça autoriza avaliação psiquiátrica da suspeita enquanto MPAL reforça pedido de condenação no caso de Ana Beatriz

Tribunal mantém detenção de mulher acusada de homicídio de recém-nascida em Alagoas

Na última terça-feira (16), o sistema judicial confirmou a prisão preventiva da mulher acusada de assassinar sua própria filha, Ana Beatriz, logo após a primeira audiência do processo, que recebeu ampla atenção em todo o estado de Alagoas. O Ministério Público do estado (MPAL) reafirmou sua solicitação pela continuidade da detenção, solicitação essa que foi aprovada pelo juiz responsável.

Recém-nascida Ana Beatriz foi localizada sem vida no jardim da residência familiar

Durante a sessão, a defesa da acusada pediu o início de um procedimento para avaliação de sanidade mental, pedido que foi aceito pelo juízo. Como resultado, a mulher passará por exames psicológicos e psiquiátricos para determinar se possuía capacidade de compreensão na época do homicídio.

Após o término dessas avaliações, o MPAL apresentará suas alegações finais. A promotora Francisca Paula declarou que continuará a solicitar a condenação da ré. "O Ministério Público reforçou a necessidade de manter a prisão, ao passo que a defesa pediu sua liberdade.

O juiz decidiu pela manutenção da custódia e autorizou o procedimento de avaliação mental. Posteriormente, apresentaremos nossas conclusões, buscando a condenação", afirmou. Nos argumentos finais, o MPAL pedirá a condenação da acusada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e divulgação falsa de crime. O procedimento de avaliação de sanidade mental, previsto nos artigos 149 e 154 do Código de Processo Penal, é crucial para determinar se ela permanecerá detida ou poderá ser submetida a medidas de segurança, como internação para tratamento.

Contexto do Caso Ana Beatriz O incidente ocorreu em abril de 2025, na cidade de Novo Lino, causando grande comoção nacional. Inicialmente, a mãe do bebê alegou que havia sido vítima de um sequestro, informando às autoridades que homens armados haviam levado a criança, de apenas duas semanas de vida.

A denúncia falsa mobilizou forças de segurança estaduais e federais e levou até à prisão de um homem em Pernambuco, cujo veículo semelhante ao descrito foi utilizado como prova. O pai do recém-nascido, que trabalhava em São Paulo, retornou a Alagoas para acompanhar as investigações e chegou a acreditar na versão apresentada pela companheira.

Contudo, à medida que os depoimentos apresentaram inconsistências, as autoridades começaram a duvidar da narrativa. Ao ser interrogada, a mulher confessou ter asfixiado a própria filha com um travesseiro.

O corpo da criança foi localizado dentro de um saco plástico, escondido em um armário no quintal da casa, dentro de um recipiente com pó de sabão. O processo tramita atualmente e aguarda a conclusão do exame de sanidade mental para definir os próximos passos judiciais.