Profissionais da Saúde realizam manifestação por agilidade na edificação do novo hospital psiquiátrico

Na próxima sexta-feira (19), às 9h, o Movimento Unificado dos Trabalhadores da Saúde promoverá uma manifestação pública em frente ao Hospital Portugal Ramalho. O objetivo é cobrar do governo uma resposta mais rápida na finalização do novo centro psiquiátrico.

Participam do protesto profissionais de várias categorias que se unem contra possíveis alterações nas cláusulas do acordo assinado anteriormente, que visa garantir a construção da unidade.

Segundo Sílvia Melo, presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), há uma preocupação crescente após o governador indicar a intenção de modificar pontos do pacto. Ela afirmou: "Nos sentimos apreensivos. A posição unânime entre os trabalhadores é de manter o acordo original sem alterações."

Ela recordou que o documento foi fruto de múltiplas reuniões nas quais todas as partes tiveram oportunidade de opinar e sugerir modificações. "Já passamos quatro anos sem dar início às obras, prejudicando diretamente os pacientes. É imprescindível transferir os atendimentos para uma estrutura adequada", acrescentou a dirigente.

A sindicalista reforçou que alterar o acordo neste momento seria uma atitude insensata, podendo gerar mais atrasos no cronograma previsto. "Tememos também que haja má gestão dos recursos, o que pode afetar a saúde mental dos moradores de Alagoas negativamente", explicou.

O protesto também ressaltou o histórico de negligência do Estado com os pacientes psiquiátricos, apontando a necessidade de uma mudança de postura. "A inauguração do novo hospital representa uma potencial renovação na assistência psiquiátrica. Estamos dispostos a lutar por vagas efetivas, melhores condições de trabalho e acolhimento digno, mas é crucial que a entrega da nova estrutura aconteça o quanto antes", afirmou Sílvia Melo.

Ela convidou profissionais de toda a área de saúde a participarem da mobilização, que já conta com a adesão de trabalhadores do setor previdenciário, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e médicos. A convocação está aberta a todos os interessados.