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Acidente
15/12/2025 00:00:00

OMS registra avanço na circulação de 'gripe K' e alerta para preocupações sazonais

A Organização Mundial da Saúde reporta aumento precoce de casos de influenza A H3N2, popularmente chamada de 'gripe K', em várias regiões globais, com atenção especial para oscilações na circulação viral durante o início do inverno no Hemisfério Norte.

OMS registra avanço na circulação de 'gripe K' e alerta para preocupações sazonais

Apesar do cenário mundial ainda estar dentro dos limites típicos para a época, algumas localidades têm observado um aumento antecipado na incidência de infecções respiratórias, apresentando níveis de circulação acima do esperado, aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desde outubro, registros indicam uma escalada nos casos de gripe sazonal, com a maioria das infecções atribuídas ao vírus influenza A, especialmente ao subtipo H3N2, conhecido como 'gripe K', informa a entidade. Essa elevação coincide com o início do inverno no Hemisfério Norte e com o crescimento de outras doenças respiratórias agudas, como as provocadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR).

Segundo a OMS, enquanto a situação global permanece dentro do padrão esperado para a temporada, certas regiões apresentam um avanço mais precoce na circulação viral. Na América do Sul, por exemplo, o sul do continente ultrapassou o limiar típico de transmissão do influenza por volta de março, mantendo níveis moderados a baixos desde então. Essa circulação foi principalmente impulsionada pelo vírus influenza A, subtipo H1N1, variante pdm09.

Além disso, a OMS identifica, desde agosto de 2025, uma expansão da variante J.2.4.1 do vírus influenza em diversos países, embora até o momento não haja sinais de agravamento na gravidade das doenças relacionadas a esse novo mutante.

Sobre a imunização, a vacina contra a gripe continua sendo uma ferramenta fundamental na prevenção. Como as cepas variam de acordo com os hemisférios, o Brasil oferece anualmente duas versões atualizadas da vacina. A Organização Mundial reforça a importância da imunização, especialmente para grupos de maior risco de complicações.

No Sistema Único de Saúde (SUS), o público-alvo inclui principalmente crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos, além de profissionais de saúde, puérperas, docentes, indígenas, indivíduos em situação de rua, agentes de segurança, forças armadas, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, portadores de deficiência, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, profissionais de portos e funcionários de unidades de privação de liberdade, incluindo adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas.

Embora a circulação do vírus seja variável e influenciada por fatores sazonais, a vacinação permanece como uma das principais estratégias de proteção contra a gripe, contribuindo para reduzir a incidência e a severidade da doença em toda a população.