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Acidente
13/12/2025 02:00:00

2025 Pode Ser o Segundo Ano Mais Quente da História Global

Dados do Observatório Europeu de Clima indicam que temperaturas globais já ultrapassaram limites seguros estabelecidos pelo Acordo de Paris de 2015

2025 Pode Ser o Segundo Ano Mais Quente da História Global

O ano de 2025 está projetado para se tornar o segundo período mais quente já registrado na Terra, empatando com 2023, após o recorde estabelecido em 2024, conforme revelou nesta terça-feira (9) o centro de monitoramento climático europeu, Copernicus.

As informações do instituto confirmam que as temperaturas do planeta superaram em 1,5°C os níveis pré-industriais, limite definido como seguro pelo Acordo de Paris de 2015. De janeiro a novembro, a média das temperaturas globais aumentou em 1,48°C, colocando 2025 na mesma categoria de 2023 como o segundo ano mais quente na história, conforme a atualização mensal do observatório.

Segundo Samantha Burgess, estrategista em clima do Copernicus, a média de três anos consecutivos, de 2023 a 2025, está se aproximando de cruzar a marca de 1,5°C de elevação térmica, algo que aconteceria pela primeira vez.

“Esses marcos não representam conceitos abstratos, mas sim o ritmo acelerado do aquecimento global. A única maneira de evitar aumentos futuros de temperatura é reduzir urgentemente as emissões de gases de efeito estufa,” declarou Burgess em comunicado.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou em outubro que a probabilidade de manter o aquecimento abaixo de 1,5°C nos próximos anos está cada vez menor. No mês passado, novembro foi considerado o terceiro mais quente desde o início dos registros, apresentando uma média de 1,54°C acima dos níveis pré-industriais, de acordo com os dados do Copernicus.

O observatório destacou que o mês foi marcado por eventos climáticos extremos, incluindo ciclones tropicais no sudeste asiático que resultaram em inundações severas e perdas humanas. As Filipinas sofreram com tufões consecutivos que, em novembro, causaram quase 260 mortes.

Além disso, Indonésia, Sri Lanka, Tailândia e Malásia enfrentaram enchentes fatais em dezembro. A metodologia do Copernicus envolve a análise de bilhões de leituras de satélites e dados meteorológicos terrestres e marítimos, com registros que remontam a 1940.