Reação de Bolsonaro à Retirada de Sanções Americanas contra Moraes e sua Esposa

Desde fevereiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, atualmente residindo nos Estados Unidos em razão de alegações de perseguição política, utilizou sua conta na plataforma X para comentar publicamente a decisão do governo americano de remover o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e de sua esposa, Viviane, da lista de indivíduos sancionados sob a Lei Magnitsky. Na publicação intitulada "Nota Pública", também assinada pelo blogueiro Paulo Figueiredo, que acompanha Bolsonaro durante sua estadia no país, o parlamentar afirmou que receberam com pesar a mais recente resolução do governo norte-americano.

Ele também agradeceu o apoio demonstrado pelo ex-presidente Donald Trump ao longo de todo esse processo, destacando a atenção dada à crise de liberdades que, segundo ele, assola o Brasil. Bolsonaro acrescentou que lamenta a falta de unidade política na sociedade brasileira, que teria dificultado uma resposta conjunta aos problemas internos do país. Segundo ele, a ausência de coesão e o apoio insuficiente às ações externas contribuíram para o agravamento do cenário atual.

Na mesma mensagem, o deputado finalizou desejando que a decisão de Trump seja eficaz na proteção dos interesses estratégicos dos Estados Unidos. Além disso, reforçou seu compromisso de continuar lutando por uma saída que possibilite a libertação do Brasil, independentemente do tempo necessário e das dificuldades enfrentadas. Ele fez ainda uma prece pedindo bênçãos para a América e misericórdia para o povo brasileiro. Sobre sua atuação nos Estados Unidos, Bolsonaro é reconhecido como um dos principais articuladores das sanções contra Moraes e outros integrantes do governo brasileiro impostas por Washington desde julho.

A justificativa oficial do governo americano para a sanção do ministro do STF foi relacionada às investigações no tribunal envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, então réu na ação criminal relacionada à tentativa de golpe. Em 11 de setembro, durante julgamento no STF, Bolsonaro foi condenado a uma pena de 27 anos e três meses de prisão. Após isso, os Estados Unidos também incluíram Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, na lista de sancionados.

Dois meses depois, em novembro, a Primeira Turma do STF, por decisão unânime, acolheu denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que levou à denúncia de Eduardo Bolsonaro, que passou a ser processado na Corte por tentativa de interferência no julgamento de seu pai nos EUA. Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe, cumpre atualmente sua pena na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.