O Hospital Regional da Mata (HRM), localizado na cidade de União dos Palmares, em Alagoas, tem recebido um fluxo intenso de pacientes devido a uma recente epidemia de uma doença viral ainda sem identificação oficial. As entradas na emergência revelam uma crescente quantidade de casos de indivíduos, incluindo crianças, adultos e idosos, apresentando um quadro clínico comum: uma forte virose capaz de incapacitar rapidamente quem é atingido.
Médicos afirmam que houve um aumento expressivo no volume de atendimentos de emergência. A maioria dos pacientes relata início súbito de mal-estar estomacal, que progride na maioria das vezes para episódios frequentes de vômito e diarreia severa. O movimento nesta unidade de saúde aumentou consideravelmente nos últimos dias, gerando preocupação entre profissionais e moradores da região.
A maioria dos relatos aponta para sintomas agressivos, incluindo diarreia líquida e contínua, vômitos recorrentes, mesmo sem ingestão de alimentos, febre que varia de moderada a alta, além de dores corporais e uma sensação intensa de fraqueza generalizada, podendo, em alguns casos, resultar em dor abdominal forte.
Um morador dqa cidade disse que 'pela manhã, eu estava bem; à tarde, já não conseguia sair do banheiro e sentia muita ânsia. Levadfo a Hospital encontrei muitas outras pessoas na mesma situação.' Embora ainda não exista um laudo oficial que identifique o agente causador, especialistas sugerem três hipóteses comuns nesta época do ano, relacionadas ao aumento de casos similares: Primeiro, a proliferação de moscas, especialmente com o clima quente e chuvas ocasionais, que favorece a disseminação de bactérias responsáveis por gastroenterites agudas.
Quando uma mosca pousa em alimentos, a contaminação é rápida e eficaz. Segundo, a qualidade da água consumida, que pode ser afetada por mudanças climáticas e níveis alterados de rios, levando à turbidez e potencial contaminação. O uso de água não tratada ou água contaminada é a principal fonte de surtos de diarreia em larga escala. Terceiro, a ingestão de alimentos inadequados ou mal conservados, especialmente em dias de altas temperaturas, que aceleram a deterioração de alimentos perecíveis como carnes, laticínios e molhos, principalmente em estabelecimentos de comida de rua ou com refrigeração insuficiente.
Diante do aumento de casos, profissionais de saúde reforçam a importância de cuidados preventivos, especialmente a hidratação constante. A orientação é clara: não espere sinais de desidratação avançada para buscar auxílio médico. Para manter uma hidratação adequada, recomenda-se consumir líquidos como água de coco, soro caseiro e soluções isotônicas.
Nos casos de vômitos persistentes, a administração de soro por via intravenosa torna-se imprescindível, exigindo atendimento hospitalar. Crianças e idosos precisam de atenção especial, pois esses grupos de risco desidratam rapidamente e podem desenvolver complicações graves. Assim, a população local deve estar vigilante aos sintomas e buscar atendimento médico imediato ao notar sinais de agravamento.