Na tarde de quarta-feira, dia 10 de dezembro de 2025, o ambiente na Câmara dos Deputados sofreu uma suspensão temporária do acesso da imprensa, horas antes de uma sessão destinada a julgar a possível perda do mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ) por acusação de quebra de decoro parlamentar.
O plenário foi fechado para jornalistas até a cerimônia de abertura oficial, marcada para as 16h, enquanto manifestantes e parlamentares se reuniam em um ato de apoio ao deputado, intitulado 'Glauber Fica', realizado no Anexo 2 da Casa Legislativa. Estima-se que aproximadamente cinquenta apoiadores, incluindo membros do Psol e ativistas, participaram do evento.
Antes dessa medida, durante a terça-feira, 9 de dezembro, Glauber Braga ocupou a presidência por cerca de uma hora, mas foi retirado à força pela Polícia Legislativa, ação que resultou na interrupção do sinal da TV Câmara e na retirada da imprensa do local. Apesar do episódio, a entrada de jornalistas na galeria permanecia autorizada até o início da sessão.
Segundo informações obtidas pelo SBT News, a decisão de bloquear o acesso ao plenário partiu da Mesa Diretora, liderada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Ao longo do dia, apoiadores expressaram solidariedade ao parlamentar e criticaram a gestão de Motta, acusando-o de 'apoiar a bandidagem' e pedindo sua renúncia. Além disso, o grupo protestou contra a agressão sofrida por jornalistas durante os tumultos na terça-feira.
O fechamento do Anexo 2 foi uma medida de segurança adotada pela equipe da Casa Legislativa, considerada padrão para controlar o fluxo de pessoas diante de mobilizações e de convocações feitas nas redes sociais. Os acessos às áreas externas do prédio, contudo, permaneceram livres.
O episódio ocorreu no momento em que a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou um projeto de lei contra a falsificação, que agora aguarda análise no plenário da Casa Legislativa.