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Mundo
07/12/2025 04:00:00

Moscou Cancela Acordos de Defesa com Três Países por Motivos Estratégicos Antigos

Decisão do governo russo aponta para um afastamento progressivo dos pactos militares firmados há décadas com Portugal, Canadá e França

Moscou Cancela Acordos de Defesa com Três Países por Motivos Estratégicos Antigos

Na última sexta-feira, o governo russo anunciou a revogação de três tratados de cooperação militar firmados entre 1989 e 2000 com Portugal, Canadá e França. A decisão foi oficializada através de um decreto assinado pelo primeiro-ministro Mikhail Mishustin, divulgado pela agência de notícias oficial TASS e posteriormente pela agência Lusa.

Segundo o documento oficial, esses acordos perderam sua relevância no atual cenário de segurança global, levando à sua extinção sem considerar opções de substituição ou mecanismos de cooperação alternativos. Os pactos que deixam de vigorar incluem o entendimento entre a União Soviética e o Canadá sobre visitas militares (assinado em Moscou em 20 de novembro de 1989), o acordo de cooperação na área de defesa entre a Federação Russa e a França (firmado em Moscou em 4 de fevereiro de 1994), e o tratado entre a Rússia e Portugal no setor militar (concluído em Moscou em 4 de agosto de 2000).

Após a assinatura, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia deverá comunicar formalmente os governos de Portugal, Canadá e França para encerrar oficialmente os pactos, concluindo assim o procedimento diplomático. Essa medida reflete o crescente distanciamento da Rússia do Ocidente, especialmente no campo da segurança e cooperação técnica.

Em julho, Mishustin já havia cancelado um acordo técnico-militar com a Alemanha, acusando Berlim de adotar uma postura hostil e uma política militar cada vez mais agressiva. Recentemente, Moscou apoiou a proposta da Comissão Europeia de direcionar cerca de 235 bilhões de euros em ativos russos congelados na UE para financiar a assistência à Ucrânia, país que vem recebendo apoio financeiro e militar desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.

A ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia é considerada a crise de segurança mais severa na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. A decisão de romper esses acordos militares demonstra a intensificação do isolamento russo e a mudança na estratégia de cooperação internacional da nação, que busca reforçar sua postura de independência frente às potências ocidentais.

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