07/12/2025 16:03:28

Violência
07/12/2025 02:00:00

Soldado do Exército é preso por feminicídio após militar ser encontrada queimada no quartel

Caso ocorrido no 1° Regimento de Cavalaria de Guardas investiga motivo e possíveis motivações por trás do crime

Soldado do Exército é preso por feminicídio após militar ser encontrada queimada no quartel

Uma militar de 25 anos, identificada como Maria de Lourdes Freire Matos, foi vítima de um crime que resultou na sua morte por feminicídio, ocorrido dentro das instalações do 1° Regimento de Cavalaria de Guardas (1° RGC). A jovem foi encontrada carbonizada após um incêndio que ocorreu na unidade. Um soldado do mesmo quartel, suspeito de ser o autor do ataque, foi detido e confessou o envolvimento à polícia.

Segundo registros e relatos obtidos pelo Correio, o incidente aconteceu na tarde de sexta-feira, (5/12). Testemunhas relataram que ouviram gritos vindos do interior do regimento, seguidos por uma visão de um incêndio iniciado na área. Militares chegaram a entrar na instalação para recolher objetos, incluindo instrumentos musicais utilizados por Maria, que também era musicista do regimento. O corpo da vítima foi localizado posteriormente e apresentava um ferimento no pescoço.

O suspeito, um jovem soldado, desapareceu do local após o crime, e as armas utilizadas não foram encontradas na cena. A 2ª Delegacia de Polícia (localizada na Asa Norte) realizou a prisão do suspeito em flagrante, e ele admitiu ser o autor do feminicídio durante depoimento na delegacia.

Familiares próximos de Maria relataram que ela mantinha um relacionamento com o suspeito, porém, um primo dela negou qualquer envolvimento amoroso entre a vítima e Kelvin, sugerindo que a motivação pode ter sido uma perseguição do soldado em relação à militar. Pessoas próximas ao quartel também afirmaram que Kelvin se apresentava como alguém que ajudava os outros, mas na verdade se aproveitava das recém-chegadas ao ambiente militar. Maria ingressou no Exército há cinco meses.

De acordo com testemunhas próximas à vítima, o suspeito possuía uma postura de “bom samaritano” que escondia suas verdadeiras intenções. Uma fonte comentou: “Ele se apresentava como alguém que ajudava todas as mulheres. Como ela (Maria) chegou recentemente, não percebia o mal que ele poderia estar fazendo, e por isso isso acabou acontecendo”.