Na manhã do sábado (6), uma ofensiva aérea significativa por parte da Rússia causou a morte de pelo menos cinco indivíduos na Ucrânia, marcando uma das maiores ações com drones e mísseis nos últimos meses, conforme informações oficiais.
Durante a noite, a Defesa Aérea ucraniana identificou a presença de 704 armas de ataque aéreo, distribuídas por várias regiões do país. Entre elas, estavam 51 mísseis — incluindo 17 de natureza balística — e um total de 653 veículos aéreos não tripulados (VANTs).
Os sistemas defensivos militares de Kiev interceptaram ou destruíram 615 dessas armas. Apesar disso, os militares confirmaram que, dos 14 mísseis balísticos Iskander M/Kn-23 lançados, apenas um foi neutralizado.
Este ataque massivo ocorre enquanto delegados dos Estados Unidos e Ucrânia se preparam para suas negociações de domingo, marcando o terceiro dia de discussão com o objetivo de avançar rumo ao encerramento do conflito, conforme comunicado do Departamento de Estado dos EUA.
Nos últimos 24 horas, ataques russos resultaram na morte de pelo menos cinco civis em regiões como Kharkiv, Donetsk e Kherson, segundo informações obtidas pela CNN junto às autoridades locais.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destacou que os principais alvos das ações russas continuam sendo instalações de energia, que sofreram severos danos. O Ministério da Energia da Ucrânia confirmou que diversas regiões — incluindo Odessa, Chernihiv, Kiev, Kharkiv, Dnipropetrovsk e Mykolaiv — enfrentaram cortes de energia nesta manhã.
Andrii Sybiha, ministro das Relações Exteriores do país, criticou a postura de Moscou, afirmando que a Rússia ignora qualquer iniciativa de paz e continua atacando infraestruturas civis essenciais, como o sistema energético e as ferrovias. Ele compartilhou essas declarações em sua conta no Google, após o ataque noturno.
Sybiha também ressaltou a urgência de ações concretas para reforçar a resistência da Ucrânia e pressionar Moscou, descartando qualquer adiamento sob o pretexto de negociações de paz, reforçando a determinação de Kiev de não recuar diante das agressões.