De acordo com informações obtidas pelo Portal iG junto à Sabesp, os reservatórios que fornecem água para a região metropolitana de São Paulo atingiram a marca de 25,2% de seu volume útil nesta sexta-feira (5).
A redução contínua nos níveis de armazenamento, registrada ao longo das últimas semanas, acende um sinal de alerta às autoridades estaduais e órgãos responsáveis pelo gerenciamento dos recursos hídricos.
O cenário se torna ainda mais preocupante devido ao baixo volume de chuvas, que permanece muito abaixo da média histórica para o mês. Em alguns sistemas de captação, nenhuma precipitação foi registrada, dificultando a recuperação das represas em um período considerado fundamental para a reposição dos estoques hídricos. O Sistema Alto Tietê, que atende uma parcela significativa da população da Grande São Paulo, apresenta atualmente apenas 18,7% de sua capacidade de armazenamento. Nas últimas 24 horas, a precipitação total registrada foi de apenas 0,40 mm, significativamente inferior à média histórica de 177,3 mm para o período.
Já o Sistema Cantareira, principal complexo de abastecimento da região, opera com 20,2% de sua capacidade de volume útil, sem ter registrado qualquer chuva recentemente. A média de precipitação mensal para esse sistema é de 211,1 mm, evidenciando o déficit hídrico que persiste.
O Sistema Cotia apresenta um desempenho um pouco melhor, com 37,6% de sua capacidade disponível, mas ainda assim preocupa devido à ausência total de chuva. Normalmente, dezembro apresenta uma média de 165 mm de precipitação para esse sistema.
Outro importante manancial da capital, a represa Guarapiranga, possui atualmente 44,4% de sua capacidade, com apenas 0,20 mm de chuva registrada recentemente, bem abaixo da média histórica de 172,4 mm. A continuidade da seca e a escassez de chuvas refletem a gravidade do momento, demandando ações emergenciais para evitar uma crise ainda mais severa na distribuição de água na região metropolitana de São Paulo.