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Maceió
05/12/2025 05:00:00

Prática de aplicar sangue menstrual na pele ganha popularidade como nova tendência de cuidados faciais

Conheça os benefícios, riscos e o significado simbólico por trás do uso do sangue menstrual em rotinas de beleza

Prática de aplicar sangue menstrual na pele ganha popularidade como nova tendência de cuidados faciais

Nos últimos tempos, uma técnica inovadora de skincare tem chamado atenção nas redes sociais: a utilização do sangue menstrual em tratamentos faciais e corporais. Conhecida como period face mask, essa prática envolve aplicar o sangue coletado durante a menstruação na pele com a alegação de promover rejuvenescimento, combate à acne e aumento do brilho. Influenciadores e marcas de beleza têm promovido essa tendência, que também é referida como moon masking, e que encontra forte apelo entre mulheres que desejam se reconectar com uma suposta 'essência feminina'.

Essa abordagem é defendida tanto por questões estéticas quanto simbólicas: ela representa um ato de autoaceitação, empoderamento e uma maneira de reconhecer a menstruação como algo natural, livre de conotações de impureza ou sujeira. Segundo a revista americana Dazed, até 2022, a hashtag 'periodfacemask' já ultrapassava 6,4 bilhões de visualizações no TikTok.

Em relação aos benefícios, pesquisas indicam que o sangue menstrual contém células-tronco capazes de ajudar na regeneração do tecido epitelial e na reparação de lesões cutâneas. Além disso, ele é rico em minerais como zinco, magnésio e cobre, nutrientes presentes em diversos produtos de skincare.

No entanto, especialistas alertam para possíveis perigos dessa prática. Vídeos de dermatologistas na internet destacam que o sangue coletado em ambientes domésticos, sem métodos de esterilização, pode transmitir microrganismos, tecidos endometriais, secreções vaginais e estar contaminado por bactérias ou fungos, o que aumenta o risco de infecções cutâneas.

Existem procedimentos similares que utilizam o sangue para fins estéticos, como o PRP facial, popularmente conhecido como 'vampire facial'. Essa técnica, que ganhou destaque após aparecer em um episódio do reality Kim and Kourtney Take Miami, protagonizado por Kim e Kourtney Kardashian, consiste na aplicação de plasma sanguíneo rico em fatores de crescimento para estimular a produção de colágeno, melhorar a firmeza da pele e reduzir sinais de envelhecimento.

Na televisão, Kim Kardashian passou por esse procedimento, que ajuda na regeneração da pele, promovendo maior elasticidade, suavização de rugas, diminuição de manchas e melhora geral do aspecto facial. Apesar do apelo estético, a prática do uso do sangue menstrual ainda levanta debates em relação à segurança e às evidências científicas que a sustentam.