Nesta quarta-feira, 3 de dezembro, as autoridades americanas emitiram um novo aviso de evacuação obrigatória para seus cidadãos e residentes legais na Venezuela. A recomendação ocorre após o governo dos Estados Unidos elevar a classificação do país para o Nível 4, indicando risco máximo.
Essa orientação reforça alertas anteriores relacionados a detenções arbitrárias, torturas, ações terroristas, sequestros, altos índices de criminalidade e o colapso do sistema de saúde local. Desde março de 2019, a Embaixada dos EUA em Caracas permanece fechada, com todos os serviços consulares e de emergência suspensos.
Segundo o comunicado oficial, "o governo dos EUA não consegue oferecer assistência a seus cidadãos na Venezuela". O documento detalha uma lista de perigos presentes no país, incluindo um risco extremo de detenções ilegais sem aviso prévio às autoridades americanas, relatos de torturas físicas e psicológicas, como espancamentos e situações de afogamento simulado, além de uma criminalidade de alta intensidade envolvendo homicídios, sequestros e roubos a mão armada.
Também são mencionadas ações repressivas violentas contra manifestações políticas, a presença de grupos terroristas colombianos nas áreas de fronteira, uma crise contínua na disponibilidade de medicamentos, combustíveis e itens essenciais, além da impossibilidade de fornecer assistência consular ou evacuar emergências.
Esse alerta acontece em um momento de crescente tensão entre Washington e Caracas. O governo de Donald Trump tem reforçado ameaças de uma intervenção militar na Venezuela, ao mesmo tempo em que pressiona pela saída do presidente Nicolás Maduro do cargo. Maduro, por sua vez, reiterou seu compromisso de manter sua postura, afirmando em evento público que continuará fiel às suas convicções e que defenderá o país contra qualquer ameaça externa.
Ele também rejeitou a alegação de que pretende renunciar, pedindo o fim das sanções impostas pelos Estados Unidos. Durante uma manifestação de Comandos Bolivarianos, Maduro reforçou que a estabilidade da Venezuela depende do povo, de suas armas e de sua vontade de reconstruir a nação, desconsiderando dificuldades econômicas e políticas enfrentadas atualmente. Sua fala ocorreu em meio a uma mobilização voltada para fortalecer planos de segurança e resistência diante do cenário adverso.