Investigação aponta possível ligação entre homicídio de mulher e relacionamento com detento em Alagoas

Na manhã desta quarta-feira (3), a Polícia Civil de Alagoas começou a apurar as circunstâncias do assassinato de Valéria Freitas, uma mulher de aproximadamente 40 anos, atingida por diversos tiros na Rua São João, no bairro Chã da Jaqueira, em Maceió. A execução ocorreu em via pública, nas imediações do antigo estabelecimento noturno Scorpions. O delegado Adriano Rabelo, responsável pelos primeiros levantamentos, confirmou que uma das linhas de investigação envolve a possível conexão entre o crime e o relacionamento de Valéria com um homem atualmente detido e com vários registros criminais, que cumpre pena no Presídio do Agreste.

“Ela tinha um companheiro no sistema prisional, que possui um vasto histórico criminal. Estamos focados nessa hipótese, embora não descartemos outras possibilidades”, declarou o delegado. De acordo com informações, a vítima visitava o parceiro a cada 15 dias.

Testemunhas relataram que Valéria tinha planos de fazer uma nova visita ainda na semana, mas decidiu adiar devido a um plantão como técnica de enfermagem no hospital onde trabalhava. A filha de Valéria informou às autoridades que a família não aprovava o relacionamento devido ao passado do homem, embora tenha esclarecido que sua mãe “não tinha envolvimento com atividades ilícitas”. Peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local para realizar análises da cena do crime, determinando o número exato de disparos e as lesões causadas. moradores relataram terem ouvido cerca de cinco tiros, contudo, o laudo oficial será necessário para confirmação.

O delegado ressaltou que, se for constatado o uso de múltiplos tiros, a motivação do homicídio pode ser mais complexa do que a hipótese inicial de tentativa de roubo, o que amplia a linha de investigação. “Se realmente forem cinco disparos, isso indica uma dinâmica além do que inicialmente pensávamos. Pode haver algo maior por trás”, avaliou Rabelo.

Após o ocorrido, a Polícia Militar rapidamente isolou o local para preservar a cena do crime. As investigações continuam em andamento, com equipes da Polícia Civil coletando depoimentos de testemunhas e analisando câmeras de segurança na região. “O procedimento inicial inclui identificação de imagens, conversas com possíveis testemunhas e levantamento de informações relevantes.

Depois, os dados são encaminhados a uma equipe liderada por um delegado para aprofundar as investigações. Por fim, o relatório é enviado ao Poder Judiciário para os procedimentos legais cabíveis”, concluiu o delegado.