Após o anúncio de uma greve de caminhoneiros prevista para esta quinta-feira (4/12), o parlamentar Zé Trovão (PL-SC), uma das principais vozes da categoria no Congresso Nacional, voltou a se manifestar sobre o assunto.
Em um vídeo divulgado na quarta-feira (3/12), ele expressou sua oposição à ação. Confira a declaração: "Vocês não estão defendendo quem está detido, nem o presidente Bolsonaro; na verdade, querem proteger interesses pessoais. Afinal, essa pauta que vocês defendem não resolve os problemas do transporte […]. Se quiserem fazer a paralisação, que façam. Se der certo, ótimo. Mas eu não vou apoiar", declarou.
O político argumenta que a paralisação não conta com sua simpatia, apontando que quem a promove não busca realmente melhorar as condições dos caminhoneiros, mas sim se aproveitar do movimento para se promover e conquistar votos em uma possível candidatura política. Segundo os organizadores, a greve surge em resposta às reivindicações da categoria, incluindo a estabilidade contratual, o cumprimento de legislação vigente, a reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a aposentadoria especial de 25 anos de atividade, mediante comprovação por documentos fiscais ou recolhimentos.
No entanto, caminhoneiros autônomos da região da Baixada Santista manifestaram-se contrários à greve, alegando que há interesses políticos envolvidos por trás do movimento. A Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS) declarou que não houve qualquer assembleia ou reunião oficial que autorizasse a paralisação por parte dos líderes do setor.
Por outro lado, a Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC) manifestou apoio às manifestações. Devido à ausência de consenso entre os profissionais, a expectativa é de que a adesão ao movimento seja limitada, apesar do entusiasmo de uma parcela da categoria.