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América Latina
03/12/2025 16:00:00

Senador dos EUA denuncia presença de grupos extremistas na Venezuela e na América do Sul

Rubio aponta atividades ilícitas e influência iraniana como ameaças à segurança regional

Senador dos EUA denuncia presença de grupos extremistas na Venezuela e na América do Sul

Durante uma entrevista, Marco Rubio, senador e membro do Congresso dos Estados Unidos, alertou sobre o papel da Venezuela como um ponto estratégico para organizações extremistas na América do Sul.

Segundo o político, o governo de Nicolás Maduro atua como uma fachada para operações de narcotráfico e facilita a entrada de influência do Irã e do Hezbollah na região. Rubio compartilhou suas opiniões em conversa com Sean Hannity na Fox News, destacando que a Venezuela deixou de ser um Estado funcional, tornando-se uma estrutura que promove atividades ilícitas.

Ele descreveu o regime de Maduro como uma 'organização de trânsito', responsável por transformar o país em uma rota oficial para a cocaína produzida na Colômbia, que passa por território venezuelano com a cooperação de membros do próprio governo antes de ser enviada aos Estados Unidos por via marítima e aérea.

A acusação do senador não é uma novidade, reforçando que há um indício formal do Distrito Sul de Nova York, datado de 2020, que relaciona Maduro e seus aliados ao narcoterrorismo. Além disso, Rubio observou que a hostilidade do regime venezuelano às forças americanas no Caribe não se deve a questões de soberania, mas ao interesse na continuidade do tráfico de drogas: 'A irritação de Maduro com a missão antidrogas indica que drogas continuam deixando a Venezuela.'

Ele também abordou uma questão delicada ao afirmar que a Venezuela abriga instalações vinculadas ao Irã, à Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) e ao Hezbollah. Para o político, esses grupos têm presença significativa, especialmente dentro do território venezuelano. Essa presença, na visão de Rubio, eleva a crise regional a uma ameaça de segurança para os Estados Unidos e o hemisfério, configurando a instalação de um eixo de influência iraniana na parte ocidental do globo, algo que poucos governos parecem reconhecer publicamente.

Rubio criticou ainda a visão parcial de políticos e da mídia que justificam a presença de porta-aviões norte-americanos na Europa ou Oriente Médio, enquanto questionam sua atuação no Caribe. Ele resumiu a contradição:

'Se um porta-aviões dos EUA está na Europa, é aplaudido. Se estiver no Caribe, vira problema.' Para o senador, essa lógica desconsidera o fato de que a prioridade dos Estados Unidos deve estar na região ocidental, onde crises podem gerar consequências mais rápidas e severas.

Ele lembrou também que a Venezuela enfrenta um colapso humanitário que já levou mais de oito milhões de pessoas a deixarem o país, criando pressões sobre nações vizinhas e ampliando as oportunidades para organizações criminosas transnacionais. A mensagem central de Rubio é que a Venezuela representa uma ameaça não apenas pela crise interna, mas pela combinação de tráfico internacional de drogas, infiltração iraniana, atuação de grupos como o Hezbollah e o enfraquecimento institucional.

Para ele, a resposta dos EUA deve ser firme diante desse cenário complexo e multifacetado.