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Mundo
01/12/2025 14:00:00

EUA Minimiza Risco de Conflito Aéreo na Venezuela e Reforça Diálogo com Maduro

Presidente americano afirma que alerta não indica uma ameaça de ataque imediato e mantém contato com o líder venezuelano

EUA Minimiza Risco de Conflito Aéreo na Venezuela e Reforça Diálogo com Maduro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou a gravidade do aviso feito anteriormente sobre o espaço aéreo venezuelano, afirmando que não há uma ameaça de conflito aéreo iminente na região. Em entrevista a jornalistas a bordo do Air Force One neste domingo (30), Trump foi questionado se seu alerta indicava uma possível ofensiva aérea próxima ou se deveria ser interpretado de outra maneira, ao que respondeu: "Não tirem conclusões disso".

Apesar de ter declarado nas redes sociais no dia anterior que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado "totalmente fechado" para voos civis e militares, o mandatário afirmou que essa medida não deve ser encarada como uma ameaça imediata.

Na publicação feita na plataforma Truth Social, Trump solicitou às companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e pessoas envolvidas em atividades ilícitas que considerem o espaço aéreo venezuelano como completamente interditado, escrevendo: "A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, considerem o FECHAMENTO TOTAL DO ESPAÇO AÉREO SOBRE E AO REDOR DA VENEZUELA".

Ao ser abordado durante uma viagem de retorno a Washington, o presidente explicou que essa decisão foi motivada pelo fato de considerar a Venezuela uma nação hostil, acrescentando que há milhões de pessoas que entraram no território americano, muitas delas provenientes de prisões, gangues, traficantes de drogas, causando diversos problemas relacionados ao tráfico de entorpecentes.

Além disso, Trump confirmou uma conversa telefônica com o líder venezuelano Nicolás Maduro, mas preferiu não divulgar detalhes do diálogo, limitando-se a dizer: "Não quero comentar sobre isso. A resposta é sim". Ele também afirmou que a ligação foi uma simples comunicação telefônica, sem julgamento de seu conteúdo. Relatórios do New York Times e do Wall Street Journal indicam que a conversa ocorreu no início de novembro, elevando a atenção internacional sobre a relação entre os dois países.

Em resposta às ações de Washington, Caracas acusou os Estados Unidos de tentarem tomar controle de suas reservas de petróleo por meios militares. Em uma carta oficial enviada por Maduro ao secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aos demais membros da organização, o líder venezuelano alertou para as possíveis repercussões globais dessa intervenção.

Durante uma reunião virtual da OPEP, Delcy Rodríguez, autoridade venezuelana, divulgou o conteúdo do documento, no qual Maduro denuncia que os EUA têm como objetivo se apoderar das maiores reservas petrolíferas do planeta através de força militar, o que, na visão dele, comprometeria o equilíbrio do mercado energético mundial.

Maduro também destacou que o presidente Donald Trump vem promovendo uma campanha de assédio e ameaças contra a Venezuela desde agosto, colocando em risco a paz, segurança e estabilidade tanto na região quanto internacionalmente.

Ele ressaltou que a história demonstra que intervenções militares norte-americanas em países petroleiros costumam gerar consequências desastrosas, reforçando o compromisso da Venezuela com a proteção de seus recursos naturais e soberania.