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Acidente
26/11/2025 15:00:00

Ex-prefeito de Maribondo enfrenta julgamento após anos de atrasos em caso de homicídio qualificado

Leopoldo César Amorim Pedrosa será julgado nesta quarta-feira por suposto envolvimento na morte de corretor em 2015, após múltiplas sessões adiadas

Ex-prefeito de Maribondo enfrenta julgamento após anos de atrasos em caso de homicídio qualificado

Após um longo período de adiamentos, o ex-prefeito de Maribondo, Leopoldo César Amorim Pedrosa, será submetido a julgamento nesta quarta-feira (26), acusado de ser o responsável pela morte do corretor de imóveis Gerson Gomes Vieira, assassinato ocorrido em 2015.

A audiência está agendada para às 9h, no Fórum de Marechal Deodoro. O homicídio foi considerado duplamente qualificado. Conforme registros do processo, Leopoldo Amorim — que também é filho da ex-prefeita da cidade — teria ordenado o crime após uma disputa relacionada a uma negociação imobiliária.

De acordo com as investigações, Gerson intermediou a venda de um imóvel avaliado em R$ 800 mil e solicitou uma comissão de R$ 40 mil, valor este que não foi quitado. Insatisfeito com as cobranças frequentes, o ex-prefeito teria decidido contratar o assassinato do corretor.

O corpo de Gerson foi encontrado dias após, em meio a uma plantação de cana-de-açúcar, já em estágio avançado de decomposição. O caso recebeu ampla atenção na época e, desde então, o julgamento foi repetidamente adiado por diversos motivos. Após mais de uma década do crime, há expectativas de que o Tribunal do Júri finalmente conclua o processo, que continua sendo acompanhado de perto pelos familiares da vítima e pela comunidade de Maribondo.

Leopoldo Pedrosa possui um histórico conturbado com a justiça. Além de respondender por porte ilegal de armas, ele também responde por violência doméstica, após ser preso em 2017 por agredir sua ex-esposa e ex-sogra, sendo enquadrado na Lei Maria da Penha.

Ele também foi acusado de tráfico de drogas, após ser encontrado com quase 1 kg de cocaína em sua fazenda durante o cumprimento de um mandado de prisão por homicídio, em dezembro de 2019. O ex-prefeito aguarda julgamento por homicídio, marcado para 20 de maio, pelo mesmo crime envolvendo Gerson Gomes.

Segundo as investigações, Leopoldo teria ordenado a morte do corretor após uma disputa relacionada à venda de um imóvel avaliado em R$ 800 mil, pelo qual cobrava uma comissão de R$ 40 mil, a qual não foi paga. Insatisfeito com as cobranças, ele teria decidido encomendar o assassinato.

Além disso, Leopoldo possui antecedentes de prisões por conduzir sob efeito de álcool e por portar documentos falsificados. Sua prisão foi novamente decretada em fevereiro de 2024, após ele desrespeitar medidas judiciais ao violar as condições do regime semiaberto durante o Carnaval em Maribondo.