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Acidente
24/11/2025 12:00:00

Diagnóstico precoce do câncer no pênis reduz riscos de amputação e procedimentos invasivos

Especialistas ressaltam a relevância do diagnóstico tempestivo e os fatores de risco ligados à enfermidade

Diagnóstico precoce do câncer no pênis reduz riscos de amputação e procedimentos invasivos

Embora seja uma condição pouco comum, o câncer peniano frequentemente inicia-se com alterações na pele da região genital, muitas vezes relacionadas à infecção pelo vírus HPV.

Identificar os sinais iniciais cedo aumenta consideravelmente as chances de cura, além de diminuir a necessidade de intervenções cirúrgicas mais agressivas, como a amputação, indicam especialistas. Segundo estatísticas do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, cerca de uma em cada cem mil pessoas do sexo masculino é afetada por esse tipo de câncer.

Normalmente, a doença se manifesta através de alterações na pele, como manchas, endurecimento ou lesões que não cicatrizam, podendo estar associada à presença do HPV.

Nem toda lesão no pênis indica câncer, mas qualquer modificação na coloração, espessamento da pele, nódulo endurecido ou ferida que persiste deve ser avaliada por um profissional de saúde para descartar a possibilidade de malignidade.

O progresso da enfermidade geralmente acontece na glande ou na pele ao seu redor, embora possa surgir em qualquer parte da região genital. Quando avançada, ela primeiramente afeta os linfonodos na virilha, podendo evoluir para os gânglios pélvicos e alcançar órgãos distantes, como o fígado e os pulmões.

Fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer peniano incluem infecção por HPV, fimose (que limita a exposição da glande), inflamações crônicas como balanite, exposição à radiação ultravioleta na área, tabagismo, múltiplos parceiros sexuais, início precoce da atividade sexual e higiene íntima inadequada, que favorece o acúmulo de secreções e inflamações.

Detectar a doença em suas fases iniciais é crucial para melhorar as taxas de cura. Assim como ocorre com outros tipos de câncer, quanto mais cedo for feita a identificação, maior será a chance de preservar o órgão. O tratamento busca remover o tumor mantendo a estrutura sempre que possível.

Quando a enfermidade permanece limitada à glande ou à pele, as opções incluem terapias a laser ou a aplicação de medicamentos tópicos. Em casos mais avançados, com tumores de maior agressividade, pode ser necessária uma cirurgia mais ampla, que pode envolver a remoção parcial ou total do pênis, dependendo da gravidade e do avanço da doença.