Na tarde de domingo, 23 de novembro, as forças de defesa israelenses anunciaram a eliminação de um importante comandante do Hezbollah durante um ataque aéreo na região sul de Beirute, capital do Líbano.
Segundo comunicado divulgado na conta oficial no X (antigo Twitter), as IDF (Forças de Defesa de Israel) confirmaram que Haytham Ali Tabatabai, considerado o segundo na hierarquia do grupo, foi atingido na ofensiva.
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o ataque ocorreu no coração de Beirute, tendo como alvo o Chefe de Estado-Maior do Hezbollah, responsável por liderar esforços de reforço e rearmamento do grupo terrorista. Desde 2016, os Estados Unidos impuseram sanções a Tabatabai e oferecem recompensa por sua captura.
Este foi o primeiro ataque aéreo israelense contra Beirute desde junho e ocorre em um momento de crescente tensão entre Israel e o Hezbollah, apoiado pelo Irã, nas últimas semanas.
De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, o ataque deixou pelo menos cinco mortos e 28 feridos, enquanto uma densa nuvem de fumaça foi avistada emergindo do movimentado bairro de Haret Hreik. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram civis reunidos na área do impacto.
Em setembro do ano passado, Hassan Nasrallah, então líder do Hezbollah, foi morto em uma operação aérea israelense no mesmo bairro.
O grupo libanês confirmou a autoria do ataque, afirmando que seu líder foi atingido, o que representa uma “nova linha vermelha”, de acordo com a agência AFP.
O presidente do Líbano, Joseph Aoun, condenou veementemente a ação, acusando Israel de violar o acordo de cessar-fogo assinado anteriormente. Em seu comunicado, ele solicitou uma intervenção internacional forte e séria para impedir novos ataques contra o país e seu povo.
Além disso, Aoun pediu a suspensão de qualquer escalada que possa reavivar as tensões na região, segundo o ministério da Inovação do Líbano.
Nos últimos dias, os bombardeios israelenses no sul do Líbano se intensificaram, enquanto os Estados Unidos pressionam o governo libanês a desarmar o Hezbollah. O governo local aprovou um plano para desmobilizar as armas do grupo até o final do ano. Israel alega que o Hezbollah vem reconstruindo suas forças militares na área, uma acusação que o Líbano rejeita.
Esses ataques aéreos ocorrem poucos dias antes do primeiro aniversário do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, assinado em 27 de novembro de 2024, que marcou um momento de esperança de redução de conflitos na região.