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Na Nigéria, um grupo de cinquenta estudantes que tinha sido capturado na última sexta-feira por criminosos armados conseguiu escapar e retornar às suas famílias neste domingo, conforme comunicado divulgado pela Associação Cristã da Nigéria (CAN).
O incidente ocorreu na escola privada Santa Maria, localizada na entrada de Papiri, no estado de Níger, cuja placa de identificação foi registrada por Ifeanyi Immanuel Bakwenye/AFP/Getty Images, através da CNN Newsource.
Na sexta-feira, criminosos armados sequestraram um total de 303 alunos e 12 docentes na instituição particular de ensino St. Mary's, também no estado de Níger, situado na região centro-norte do país. As vítimas, adolescentes de várias idades, incluindo alguns com apenas dez anos, permanecem sob cativeiro até o momento.
Segundo informações do porta-voz do presidente da seção de Níger da CAN, Dom Bulus Dauwa Yohanna, Daniel Atori, os estudantes conseguiram fugir entre sexta-feira e sábado, reunindo-se com suas famílias, uma vez que não puderam retornar às aulas após a fuga. Ainda de acordo com Atori, 253 crianças — sendo 250 estudantes e três filhos de funcionários — além de 12 professores, continuam em cativeiro.
Durante a oração do Angelus neste domingo, o Papa Leão XIII fez um apelo à libertação dos estudantes e docentes sequestrados, solicitando que as autoridades nacionais tomem medidas eficazes para garantir sua liberdade. Ele expressou profundo pesar pelos jovens raptados e suas famílias aflitas, destacando a gravidade do episódio.
O ataque de sexta-feira é apenas uma das várias ações perpetradas por grupos armados que visam civis vulneráveis, muitas vezes realizando sequestros em massa com o intuito de obter resgates. Como consequência, escolas públicas e privadas na região norte da Nigéria tiveram suas atividades suspensas temporariamente para evitar novas investidas criminosas.
No início desta semana, uma igreja no estado de Kwara foi atacada por homens armados, resultando na morte de ao menos duas pessoas e no sequestro de diversos fiéis, incluindo o pastor. Além disso, uma escola de ensino médio feminino localizada em Kebbi foi invadida por criminosos, que levaram 25 estudantes, sendo que a vice-diretora foi morta a tiros durante o ataque.
A instabilidade no país também está relacionada a conflitos religiosos, tensões étnicas e disputas pelo controle de recursos naturais, incluindo água e terra, entre comunidades agrícolas e pastoris.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump frequentemente manifesta sua preocupação com alegações de um suposto massacre de cristãos por insurgentes islâmicos, chegando a ameaçar intervenção militar para proteger as minorias religiosas. Contudo, especialistas alertam que a situação no terreno é complexa, com ataques dirigidos tanto a cristãos quanto a muçulmanos, ambos vítimas de grupos extremistas radicais.
Na última quinta-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, reuniu-se com o Conselheiro de Segurança Nacional da Nigéria, Mallam Nuhu Ribadu, para discutir as ações contra a violência no oeste africano. Hegseth afirmou que, sob a liderança de Trump, o Departamento de Defesa trabalha arduamente para acabar com a perseguição contra os cristãos por terroristas jihadistas, destacando o compromisso internacional de combater a violência na região.
