Na última ação militar em Gaza, um saldo de vinte vítimas fatais e mais de oitenta feridos foi registrado após ataques aéreos israelenses neste sábado (22).
Conforme informações de autoridades locais, bombardeios atingiram um veículo e três residências na região, agravando a instabilidade na área.
Essas operações elevam a pressão sobre o delicado acordo de trégua, firmado há mais de seis semanas entre o Hamas e o governo de Israel.
Relatos de testemunhas e equipes de resgate indicam que o primeiro ataque atingiu um automóvel no bairro de Rimal, na cidade de Gaza, uma região densamente habitada. O veículo foi consumido pelas chamas, resultando na morte de cinco pessoas na hora.
Não há confirmação se as vítimas estavam dentro do carro ou se eram pedestres na rua. Moradores correram para apagar o fogo e socorrer os feridos.
Logo após o ataque ao veículo, a Força Aérea israelense realizou mais duas operações de bombardeio contra duas residências, uma localizada em Deir Al-Balah e outra no campo de refugiados de Nuseirat, ambos na zona central da Faixa de Gaza.
De acordo com médicos locais, ao menos 10 pessoas perderam a vida nessas ações, além de múltiplos feridos.
Mais tarde, uma nova ofensiva destruiu uma casa na parte oeste de Gaza, resultando na morte de cinco palestinos e deixando outros feridos, elevando o total de vítimas fatais na data para vinte.
Em meio às agressões, o conflito entre Israel e Hamas segue com trocas de acusações. As forças armadas israelenses alegam que um homem armado atravessou a fronteira de Gaza para uma região sob controle de Israel, utilizando uma das rotas humanitárias de entrada de suprimentos no sul do território. O governo israelense considerou isso uma violação flagrante do cessar-fogo.
Israel justificou seus ataques posteriores como uma resposta às ações perpetradas na fronteira. Por sua vez, um representante do Hamas contestou essas alegações, classificando-as como "sem fundamento" e uma "desculpa para matar". O grupo reafirmou seu compromisso com o acordo de trégua, acusando Israel de ser responsável pelas violações.
O episódio reacende tensões após mais de seis semanas de pausa nos combates, com trocas de acusações de parte a parte que ameaçam a continuidade do cessar-fogo e suscitam preocupações na comunidade internacional.