Jair Bolsonaro, ex-mandatário do Brasil, revelou que utilizou um ferro de solda para tentar desativar sua tornozeleira eletrônica, justificando sua ação como uma simples demonstração de curiosidade. O episódio ocorreu na manhã de sábado (22/11), quando Bolsonaro foi detido preventivamente. As informações, que constam de um relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), foram assinadas pela diretora-adjunta Rita de Cássia e apontam que o ex-presidente tentou desfigurar o dispositivo após ser alertado por uma equipe de monitoramento às 00h07 do mesmo dia. Segundo o documento, Bolsonaro confessou que seu motivo foi apenas a curiosidade, e que utilizou um ferro de solda para tentar romper o equipamento. De acordo com a diretora, ao chegar ao local, ela questionou Bolsonaro sobre o uso de alguma ferramenta para danificar a tornozeleira, ao que ele respondeu que tinha empregado um ferro de solda, acrescentando que não havia rompido o dispositivo. Ela explicou que, ao examinar a tornozeleira, notou marcas de queimadura e sinais de dano na estrutura, confirmando a tentativa de violação. A diretora ressaltou que, ao ser questionado, Bolsonaro afirmou ter iniciado a processo de tentativa na tarde de sexta-feira (21/11). Após as evidências, a equipe policial imediatamente acionou as autoridades superiores e solicitou a apresentação do ex-presidente.
No decorrer da inspeção, Bolsonaro foi informado sobre o alerta do sistema de monitoramento e recebeu ordem de se apresentar. A própria diretora foi até a residência de Bolsonaro, onde constatou que a tornozeleira apresentava marcas de queimadura ao redor do encaixe, além de sinais de avaria, especialmente na parte de fechamento do dispositivo.
Durante o procedimento, Bolsonaro admitiu o uso de ferro de solda na tentativa de abrir a tornozeleira. Como resultado, a equipe substituiu o equipamento, e Bolsonaro foi liberado para permanecer em custódia domiciliar, enquanto o procedimento de investigação prossegue, tendo sido decretada sua prisão preventiva por determinação de Alexandre de Moraes.