No mês de outubro de 2024, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) enfrentou um desafio expressivo ao atingir um recorde de 2,862 milhões de solicitações de benefício aguardando análise.
Este volume representa uma elevação em comparação aos 2,778 milhões de requerimentos de setembro e aos 2,626 milhões de agosto, demonstrando uma crescente procura pelos serviços da previdência social.
Dados recentes indicam que, ao longo do ano, o número de novos pedidos feitos ao INSS aumentou 23%, pressionando ainda mais o sistema previdenciário. Entre as solicitações, destaca-se o benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), que somou aproximadamente 1,14 milhão de requerimentos.
Além disso, processos relacionados a incapacidade, incluindo auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, totalizam cerca de 1,3 milhão em análise. Essa situação tem causado preocupação não só para os beneficiários que aguardam por uma resposta, mas também para a própria instituição.
O tempo médio para a conclusão de um processo é de 35 dias; contudo, esse prazo pode se alongar em casos que demandam avaliações médicas, agravando o desafio de atender aos segurados de maneira ágil. Para tentar contornar esse cenário, o INSS anunciou a criação de um comitê dedicado a supervisionar, avaliar e propor soluções que possam diminuir a fila de requerimentos.
Especialistas apontam que a implementação de novas medidas de segurança, como a exigência de biometria, embora essenciais para evitar fraudes, pode estar contribuindo para a ampliação do tempo de tramitação, visto que etapas adicionais podem atrasar a análise.
Diante desse panorama, é fundamental que o INSS busque alternativas eficientes para acelerar o atendimento, garantindo que os cidadãos recebam seus benefícios com mais rapidez. Uma gestão previdenciária que consiga equilibrar segurança, eficiência e cuidado humano é essencial para atender à crescente demanda de forma sustentável e justa.