Agência Brasil
Uma inovadora instalação inteligente integrará o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, sendo sediada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Este será o primeiro centro de emergência equipado com tecnologia de última geração no país, buscando diminuir em até 25% os tempos de espera nas áreas de urgência, reduzindo a média de atendimento de 120 para 90 minutos.
O projeto contempla um investimento de R$ 1,7 bilhão, financiado por uma parceria com o Banco do BRICS, que fará a análise final da documentação enviada pelo Ministério da Saúde. Prevê-se que a unidade esteja operacional até o ano de 2029.
Para que a construção seja possível, o governo brasileiro firmou um acordo de cooperação técnica (ACT) com o HC e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, responsável por fornecer o terreno para a instalação.
Com essa assinatura, todas as etapas finais para o financiamento junto ao banco foram concluídas. Este hospital faz parte do programa nacional de modernização da assistência hospitalar, intitulado Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS, lançado pelo Ministério da Saúde.
A administração e operação da unidade serão de responsabilidade do HC, com financiamento compartilhado entre a pasta federal e a Secretaria de Saúde paulista. Em evento de lançamento do projeto realizado nesta quarta-feira (19), Alexandre Padilha destacou a inclusão de tecnologias como inteligência artificial, dispositivos médicos avançados e sistemas integrados de dados, considerados os mais inovadores para o setor de saúde.
Segundo ele, o hospital será uma referência, e a tecnologia será expandida para 13 estados, incluindo unidades de terapia intensiva equipadas com os mesmos recursos. Além de diminuir o tempo de atendimento de emergência, o Ministério da Saúde espera que a nova estrutura acelere o acesso às UTIs, reduza o período de internação e potencialize a quantidade de procedimentos realizados, graças à sua integração digital total, que incluirá telemedicina e conectividade de última geração.
Dados do governo indicam que o tempo médio de permanência de pacientes em UTIs passará de 48 para 24 horas, enquanto na enfermaria o tempo será reduzido de 48 para 36 horas.
A integração dos sistemas também deve gerar uma economia de até 10% nos custos operacionais. A nova unidade terá capacidade para atender aproximadamente 180 mil pacientes de emergência e terapia intensiva por ano, além de oferecer 10 mil consultas em neurologia, neurocirurgia e 60 mil atendimentos ambulatoriais na área neurológica.
O projeto seguirá padrões internacionais de sustentabilidade, incluindo certificações verdes e sistemas de monitoramento de consumo de energia, água e resíduos.