O Ministério da Educação (MEC) disponibilizou a oportunidade para instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica aderirem voluntariamente ao próximo ciclo do Programa PartiuIF. Essa ação tem como objetivo facilitar o acesso de estudantes da rede pública de ensino ao ensino técnico e superior, especialmente aqueles em situação de maior vulnerabilidade social.
O período de submissão de documentos inicia-se nesta segunda-feira, e deve ser encerrado em 26 de novembro. No dia seguinte, o MEC publicará a lista de instituições que tiveram suas inscrições homologadas, confirmando sua participação na iniciativa.
Somente instituições vinculadas à Rede Federal — como os Institutos Federais (IFs), Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e o Colégio Pedro II — podem participar desta fase. Essas instituições devem manifestar interesse em oferecer, em 2026, turmas e atividades voltadas à recuperação das aprendizagens de estudantes do 9º ano da educação básica, especialmente aqueles pertencentes a grupos prioritários.
A adesão é feita por meio do preenchimento do Termo de Adesão Voluntária, que deve ser enviado por e-mail para partiuif@mec.gov.br até o dia 26 de novembro. Além disso, é necessário completar o Formulário Eletrônico de Inscrição. Em dezembro, o MEC iniciará a elaboração do planejamento do novo ciclo, envolvendo a definição de matrículas, organização de turmas e seleção de profissionais.
As atividades estão previstas para começarem em abril de 2026. O programa, que deve ser realizado anualmente, recebeu um investimento de R$ 115 milhões em 2025, ofertando 26 mil vagas para estudantes do 9º ano do ensino fundamental. Até 2027, a expectativa é beneficiar um total de 78 mil jovens, com um investimento total de R$ 463 milhões.
Destinado a estudantes em situação de vulnerabilidade social, o PartiuIF prioriza grupos específicos definidos pela Lei de Cotas (Lei nº 14.723/2023). Entre eles estão alunos de famílias com renda per capita de até um salário mínimo, além de negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.
Durante o programa, os participantes receberão uma bolsa mensal de R$ 200 durante oito meses — valor semelhante ao do programa Pé-de-Meia, também desenvolvido pelo MEC, que incentiva a conclusão do ensino médio. O pagamento será efetuado pelas próprias instituições após o início das atividades.
Segundo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), há desigualdades raciais e sociais que impactam o desempenho em disciplinas como matemática, língua portuguesa e ciências da natureza, dificultando o ingresso em cursos técnicos.
O objetivo do PartiuIF é democratizar o acesso ao ensino de alta qualidade na Rede Federal, contribuindo para diminuir essas disparidades de aprendizagem e enfrentar os efeitos causados pela pandemia de COVID-19.
O programa oferece uma formação complementar de 320 horas, incluindo acompanhamento psicopedagógico, orientação acadêmica e oficinas de redação, além de ações específicas para apoiar estudantes em sua jornada educacional.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi)