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Durante uma nova fase da denominada 'Operação Sem Desconto', a Polícia Federal desarticulou uma rede de corrupção envolvendo desvios em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Nesta quinta-feira (13), as autoridades apreenderam um cofre contendo dinheiro em espécie, um fuzil, uma pistola, munições e dois veículos de alto padrão.
A operação contou com a participação da Controladoria Geral da União (CGU), que também realizou ações de buscas e prisões. Ao todo, foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva e 63 de busca e apreensão, atingindo 14 estados mais o Distrito Federal.
As diligências ocorreram nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e na capital federal.
No município de Goiás, as armas de fogo e munições foram localizadas dentro de uma residência. Quanto ao dinheiro em espécie, foi encontrado guardado em um cofre ligado a um parlamentar estadual do Maranhão.
Entre os veículos apreendidos, estão um Cadillac e um Mustang, que foram identificados, respectivamente, em São Paulo e Brasília. As apurações também envolvem a investigação de crimes relacionados à inserção de informações falsas em sistemas públicos, formação de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação de bens e depreciação patrimonial.
A operação teve como foco antigos integrantes do INSS, incluindo dirigentes e empresários associados à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais (Conafer).
Entre os presos, destaca-se o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, juntamente com o ex-diretor do instituto, André Fidelis, e Virgílio Filho, ex-procurador do INSS, que estava acompanhado de sua esposa.
Também foram alvo de mandados o diretor da Conafer, Tiago Abraão Ferreira Lopes; o contador Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior; o empresário Cícero Marcelino de Souza Santos, que prestava serviços à entidade; e Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT).
O presidente da Conafer, Carlos Lopes, também recebeu um mandado de prisão, porém não foi localizado pelos agentes e permanece foragido.
