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Acidente
13/11/2025 22:00:00

Investigações revelam esquema de desvio de R$ 7 milhões do FGTS envolvendo atletas e técnicos famosos

Operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (13) apreende documentos e prende suspeitos em nova etapa contra grupo criminoso ligado a fraudes com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

Investigações revelam esquema de desvio de R$ 7 milhões do FGTS envolvendo atletas e técnicos famosos

Na manhã desta quinta-feira (13), a Polícia Federal deu início à terceira fase da Operação Fake Agents, uma ação que investiga o desvio de aproximadamente R$ 7 milhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

A operação visa desmantelar um esquema que envolvia jogadores de futebol, ex-atletas e treinadores, coordenado por uma advogada com ligações internas a bancos responsáveis por autorizar saques ilegítimos das contas das vítimas.

Durante a operação, cinco indivíduos foram detidos na capital paulista, incluindo três em residências de funcionários da Caixa Econômica Federal e uma agência do banco localizada no centro da cidade.

A investigação aponta que a advogada-chefe do grupo foi suspensa pelo Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) após ser identificada como a responsável pelos saques ilegais. Ela utilizava documentos falsificados e contas bancárias em nomes de vítimas para receber os recursos desviados.

O método criminoso foi descoberto após uma denúncia de uma instituição financeira privada que identificou uma conta irregular aberta com documentos falsos em nome de um jogador peruano. Em maio de 2024, o SBT News revelou que a vítima era Paolo Guerrero, ex-atacante de Corinthians e Flamengo, que teve R$ 2,2 milhões retirados indevidamente de sua conta vinculada ao FGTS.

A partir dessas informações, as autoridades desenterraram uma rede criminosa que explorava dados de atletas e ex-atletas para realizar saques fraudulentos do fundo de garantia. Os suspeitos podem responder por crimes de falsificação de documento público, estelionato e organização criminosa, além de possíveis outras acusações à medida que as investigações avançarem.

A Polícia Federal, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (DELEFAZ) no Rio de Janeiro, lidera as ações com suporte dos setores de inteligência e segurança da Caixa Econômica Federal. Em comunicado, o banco afirmou que coopera estreitamente com as autoridades na investigação, garantindo que todos os valores indevidamente retirados sejam devolvidos integralmente aos clientes prejudicados.

A Caixa ressaltou que mantém uma equipe especializada dedicada à identificação e prevenção de vulnerabilidades, aprimorando continuamente suas medidas de segurança para evitar fraudes e proteger os dados de seus clientes.

Além disso, enfatizou a parceria com a Polícia Federal na repressão a práticas criminosas, reafirmando seu compromisso de agir com rigor na resolução de casos semelhantes.