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Acidente
12/11/2025 10:00:00

Moeda americana alcança o patamar mais baixo desde meados de 2024 e o mercado de ações continua a registrar recordes consecutivos

O otimismo na economia brasileira é reforçado por indicadores positivos, incluindo a inflação de outubro e o contínuo avanço da Bolsa de Valores

Moeda americana alcança o patamar mais baixo desde meados de 2024 e o mercado de ações continua a registrar recordes consecutivos

Na última terça-feira (11), o dólar comercial encerrou suas operações cotado a R$ 5,27, atingindo o menor valor desde 6 de junho de 2024, quando a moeda norte-americana havia sido negociada a R$ 5,2498. Essa redução de 0,64% representa uma das menores variações para o mês de outubro desde 1998.

Desde a última quarta-feira, 6 de novembro, a moeda americana acumula uma desvalorização de aproximadamente 2,5%. Paralelamente, o índice Ibovespa atingiu seu 12º recorde consecutivo, subindo até 158.467 pontos. Tal desempenho é resultado de uma combinação de fatores internos e externos, incluindo aportes de capital dos Estados Unidos e uma inflação menor do que a prevista pelo mercado.

A confiança na economia brasileira vem sendo reforçada por dados econômicos favoráveis. A inflação oficial de outubro, medida pelo IPCA, registrou uma leve elevação de apenas 0,09%, a menor para o mês desde 1998, e ficou abaixo da previsão do mercado, que estimava um aumento de 0,15%.

Este resultado reforça a hipótese de uma possível redução na taxa de juros no início de 2024. Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou uma ata com tom mais moderado do que o comunicado anterior, sugerindo que a atual taxa de juros de 15% ao ano já estaria suficiente para assegurar a convergência da inflação para a meta de 3%.

Essa perspectiva aumenta as especulações de que os cortes na taxa de juros podem ocorrer já no começo do próximo ano. Outro fator importante é o fluxo de investimentos estrangeiros. Capital externo proveniente dos Estados Unidos tem migrado para mercados emergentes, como o brasileiro, atraído pela busca de retornos mais atrativos em um cenário de juros mais baixos na economia norte-americana.

Essa movimentação também favorece outros países latino-americanos, como Colômbia, Peru e Chile, que tiveram aumentos expressivos em suas bolsas de valores neste ano. Apesar de uma leve retração nas ações da Vale, o mercado permanece em alta, com o Ibovespa apresentando um avanço de 1,78% ao momento da publicação, permanecendo acima de 158 mil pontos.

Essa perspectiva otimista tem alimentado expectativa de continuidade na recuperação econômica do Brasil, com analistas destacando que a estabilidade interna aliada ao forte fluxo de investimentos internacionais pode assegurar bons resultados para a bolsa nos próximos meses.

A diminuição das taxas de juros, aliada ao controle da inflação, deve continuar impulsionando o mercado de ações e sustentando o ciclo de valorização. Com o cenário de confiança predominando, investidores permanecem atentos às próximas decisões do Banco Central e às possíveis consequências de uma redução na taxa de juros, que pode influenciar diretamente os movimentos do mercado financeiro.