Na atualidade, ações militares de Israel no sul do Líbano aumentam a pressão na região, causando a morte de três indivíduos em ataques recentes. Conforme informações do Times of Israel, o Exército israelense confirmou a realização dessas operações, alegando que os dois irmãos mortos eram contrabandistas ligados às Companhias de Resistência Libanesa, uma facção aliada ao Hezbollah.
Na vila de Baraashit, localizada ao sul do país, um outro ataque a um veículo resultou na morte de uma pessoa e ferimentos em quatro outros civis. Ainda de acordo com a mesma fonte, um drone israelense também atingiu um automóvel próximo ao hospital Salah Ghandour, na cidade de Bint Jbeil, ferindo sete indivíduos.
Acrescentando aos confrontos, a Al Jazeera reportou que oito indivíduos ficaram feridos após o ataque com drone. A União Europeia condenou oficialmente os ataques israelenses através de uma declaração publicada neste sábado, ressaltando a preocupação internacional com a escalada dos conflitos.
Desde o dia 6 de outubro, quando a guerra de Gaza foi iniciada, as hostilidades entre Israel e grupos xiitas no Líbano intensificaram-se. Em setembro de 2024, o Exército israelense realizou uma série de bombardeios na região, eliminando, inclusive, o líder histórico da milícia, Hassan Nasrallah.
Apesar do cessar-fogo estabelecido em novembro de 2024, os militares israelenses continuam realizando ataques pontuais e mantendo presença em cinco pontos estratégicos no sul libanês. Segundo a ONU, pelo menos 103 civis já perderam a vida no país desde a assinatura do acordo, com as forças de paz das Nações Unidas alertando que o Exército de Israel lançou granadas perto de suas posições e pedindo o fim de tais ações.
Historicamente, as forças armadas libanesas permanecem neutras nos conflitos com Israel. No entanto, em 30 de outubro, o presidente Joseph Aoun ordenou uma resposta militar a quaisquer incursões na fronteira, após soldados israelenses atravessarem a linha de fronteira e matarem um funcionário municipal na cidade de Blida.
Por outro lado, o Hezbollah mantém sua posição contrária a qualquer diálogo político com Israel, país com o qual o Líbano ainda está em estado de guerra, considerando que negociações não seriam do interesse nacional do país. A situação permanece delicada, com os conflitos trazendo incertezas para a estabilidade da região.