Na sexta-feira (7), o governo russo declarou estar preparado para atender às solicitações de assistência feitas pelo governo venezuelano, ao mesmo tempo em que pediu a redução das tensões na área. O Kremlin destacou que a Rússia está pronta para ajudar a Venezuela, inclusive com apoio militar, diante do aumento das ameaças percebidas por Caracas, especialmente de Washington.
Recentemente, Nicolás Maduro solicitou ajuda de Moscou, incluindo reparos em aviões de guerra Sukhoi de origem russa, atualização de seus sistemas de radar e a entrega de armamentos de mísseis. A medida foi uma resposta às ações crescentes dos Estados Unidos na região do Caribe, que aumentaram suas operações militares nas últimas semanas.
O pedido venezuelano foi motivado pelo que Caracas avalia como uma escalada das iniciativas militares americanas, que consideram uma ameaça à estabilidade local. Nesse contexto, o governo venezuelano destacou a intensificação da presença dos EUA na região, o que reforça suas medidas de defesa.
Enquanto isso, na cena internacional, um dos pontos mais preocupantes da escalada de tensões na América Latina foi a série de ataques a embarcações suspeitas de transportar drogas. Diversos desses incidentes envolveram ações do governo dos Estados Unidos, que afirma que as embarcações são controladas por organizações terroristas envolvidas com narcotráfico.
Donald Trump, ex-presidente dos EUA, apoiou publicamente essas operações de repressão, alegando que Washington possui respaldo legal para realizar tais intervenções. Entretanto, o Escritório de Direitos Humanos da ONU condenou as ações, considerando-as inaceitáveis. A Venezuela também criticou os ataques às suas embarcações, alegando que tais ações visam desestabilizar o regime de Nicolás Maduro.
Os episódios ocorreram em águas do Caribe e do Pacífico, aumentando a tensão na região. Outra questão de destaque foi o lançamento de um novo míssil balístico pela Coreia do Norte, dirigido à costa leste do país, além da entrada em operação de um porta-aviões chinês, em meio à crescente competição naval com os Estados Unidos.
Estas ações e declarações evidenciam um momento de alta na disputa de poder regional, com diferentes países reforçando suas posições frente às ameaças percebidas e buscando consolidar suas alianças estratégicas.