Mudança de Líderes do CV no Rio de Janeiro para Prisões Federais é Confirmada

Após uma grande operação policial que resultou em 121 mortes, incluindo quatro agentes de segurança, o Governo do Estado do Rio de Janeiro solicitou ao Ministério da Justiça a realocação de sete lideranças do Comando Vermelho (CV) para unidades penitenciárias federais de máxima segurança.

A iniciativa, que visa garantir maior controle sobre esses criminosos, foi aprovada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), responsável pela execução dessas transferências, que dependem, entretanto, de autorização judicial. Na última terça-feira (4), a Vara de Execução Penal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), por meio do juiz Rafael Estrela Nóbrega, ratificou a decisão de transferir os detentos.

Os presos, atualmente encarcerados em unidades de segurança máxima, irão para estabelecimentos federais sob a supervisão do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Os sete indivíduos transferidos incluem Roberto de Souza Brito, conhecido como Irmão Metralha, operando no Complexo do Alemão, condenado por mais de cinquenta anos de prisão; Arnaldo da Silva Dias, o Naldinho, que atua na cidade de Resende e gerencia a arrecadação ilícita do CV, condenado a mais de oitenta anos; Alexander de Jesus Carlos, também chamado de Choque ou Coroa, traficante do Alemão, com sentença superior a trinta anos; e Marco Antônio Pereira Firmino, o My Thor, do Morro Santo Amaro, membro ativo na facção, condenado a mais de trinta e cinco anos.

Além deles, também serão transferidos Fabrício de Melo de Jesus, conhecido como Bicinho, de Volta Redonda, que integra a mesma organização criminosa e possui condenação superior a sessenta e cinco anos; Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Cabeça, do bairro do Sabão, em Niterói, com mais de sessenta anos de condenação; e Eliezer Miranda Joaquim, o Criam, considerado líder na Baixada Fluminense, com uma sentença que ultrapassa cem anos de prisão.

Outros três detentos — Wagner Teixeira Carlos (Bigode ou Waguinho de Cabo Frio), Leonardo Farinazzo Pampuri (Léo Barrão) e o militar da Marinha Rian Maurício Tavares Mota — ainda aguardam decisão judicial sobre suas transferências.

O juiz estipulou um prazo de cinco dias para que a Polícia Civil envie informações adicionais que fundamentem a mudança. Atualmente, todos esses presos encontram-se na cadeia de segurança máxima Bangu 1, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A definição dos novos destinos nas unidades federais ficará a cargo do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que ainda não divulgou quais presídios receberão os internos nem o cronograma para as transferências.

A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) destacou que a redistribuição dos detentos ocorrerá de acordo com a capacidade de cada unidade federal e com os critérios de segurança estabelecidos pelas autoridades nacionais.