EUA manifesta apoio ao Rio de Janeiro na luta contra o tráfico e reage à perda de policiais

Na última terça-feira, dia 4 de novembro, as autoridades norte-americanas encaminharam uma correspondência oficial ao secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, colocando-se à disposição para colaborar no enfrentamento ao narcotráfico.

O documento, originado em Washington e assinado por James Sparks, do setor de Repressão às Drogas do Departamento de Justiça dos EUA, expressa condolências pelos quatro policiais mortos durante a operação contra o Comando Vermelho nos bairros da Penha e do Alemão.

A nota reconhece o esforço e a bravura das forças de segurança do estado, além de lamentar a fatalidade que resultou na perda desses agentes, destacando que eles "morreram no cumprimento do dever". Essa manifestação de solidariedade também ressalta o apreço do governo americano pelo trabalho das forças policiais locais. Em sua mensagem, Sparks afirma: "Com profundo pesar, externamos nossas mais sinceras condolências pela trágica perda dos quatro policiais que tombaram na operação de contenção no Complexo do Alemão".

O comunicado reforça ainda o compromisso dos EUA em oferecer qualquer suporte necessário para fortalecer as ações contra o crime organizado. Diante do momento de dor, as autoridades norte-americanas reafirmam sua admiração e respeito pelo empenho diário dessas forças, que enfrentam perigos eminentes na proteção da sociedade. Ressaltam também que se colocam à disposição para colaborar de qualquer modo que seja requerido, transmitindo votos de força e consolo ao secretário Victor dos Santos.

Além disso, a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro encaminhou uma solicitação à administração de Cláudio Castro, pedindo que o Comando Vermelho seja sancionado pelos Estados Unidos e classificado como organização terrorista. Este pedido faz parte de uma estratégia de endurecimento no combate às facções criminosas. Por outro lado, o governo federal, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, mantém sua posição contrária à classificação de grupos de narcotraficantes como organizações terroristas, alegando que tal medida estaria em desacordo com a legislação brasileira e seus princípios jurídicos.

Assim, enquanto o governo estadual busca apoio internacional para reforçar o combate, o governo federal mantém uma postura de resistência a essa classificação.

Este incidente evidencia as complexidades e as divergências no enfrentamento ao crime organizado, bem como a importância do apoio internacional na luta contra as organizações criminosas no Brasil.