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Mundo
03/11/2025 00:00:00

Celebrando a Conservação: 28 Reservas da Biosfera Lusófonas Reconhecidas pela UNESCO

Data mundial destaca esforços globais de proteção ambiental, incluindo avanços em países de língua portuguesa

Celebrando a Conservação: 28 Reservas da Biosfera Lusófonas Reconhecidas pela UNESCO

No dia 3 de novembro, celebra-se o Dia Internacional das Reservas da Biosfera, uma data que evidencia os passos dados na preservação do meio ambiente.

De acordo com a UNESCO, atualmente, mais de 750 áreas ao redor do mundo receberam essa classificação, distribuídas por 136 países. Entre eles, as nações de língua portuguesa abrigam um total de 28 reservas. Em 2020, a Ilha do Fogo, situada em Cabo Verde, foi oficialmente reconhecida como uma reserva da biosfera, reforçando o compromisso do país com a sustentabilidade ambiental.

Recentemente, São Tomé e Príncipe tornou-se o primeiro país a ter sua totalidade territorial reconhecida como uma Reserva da Biosfera. Além disso, Angola e a Guiné Equatorial conquistaram novas áreas protegidas, expandindo a rede de conservação em suas regiões. Esses avanços ocorreram durante o 5º Congresso Mundial das Reservas da Biosfera, realizado em setembro na cidade de Hangzhou, na China.

A ampliação da rede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) resultou na inclusão de novas áreas, como a Reserva da Biosfera de Arrábida, em Portugal, a de Quiçama, em Angola, a Ilha de Bioko, na Guiné Equatorial, e a Ilha de São Tomé, em São Tomé e Príncipe.

Com essa certificação, o arquipélago de São Tomé e Príncipe se tornou o primeiro país a ter toda sua extensão reconhecida como uma reserva da biosfera. Temos ainda a significativa conquista de Angola e da Guiné Equatorial, que passaram a integrar oficialmente a Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO, além da Rede de Reservas da CPLP MaB.

As reservas funcionam sob a jurisdição dos respectivos governos nacionais, sendo designadas por decisão do Conselho Internacional do Programa 'Homem e a Biosfera' (MaB) da UNESCO. Elas são compostas por três áreas principais: os núcleos, que são zonas de proteção integral para a conservação da biodiversidade; as áreas de transição, onde atividades sustentáveis de pesquisa, educação e formação podem ocorrer; e as zonas tampão, que cercam os núcleos e permitem atividades compatíveis com a preservação.

Hoje, mais de 260 milhões de pessoas vivem em territórios de reservas da biosfera globalmente, que abrangem uma extensão superior a 7 milhões de quilômetros quadrados, equivalente ao tamanho do continente australiano.

Esses locais representam uma estratégia fundamental para proteger ecossistemas e promover o desenvolvimento sustentável em escala global.