A Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou preocupação com o aumento do risco de uma guerra nuclear, considerando-o atualmente como um cenário extremamente alarmante.
Em resposta às declarações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que utilizou as redes sociais para afirmar que ordenou ao Pentágono que iniciasse testes de armas nucleares em bases iguais, a comunidade internacional endureceu seu posicionamento.
Em uma mensagem publicada, Trump alegou que os testes seriam uma demonstração de força, citando também os programas militares da Rússia e da China.
Essa postura levou organizações globais a renovarem seus apelos por contenção e respeito às políticas internacionais de não proliferação nuclear.
A ONU, por meio do seu porta-voz adjunto, Farhan Haq, em Nova York, alertou que o perigo de uma guerra nuclear nunca foi tão grande, reforçando a urgência de manter a moratória mundial sobre testes nucleares.
Na mesma linha, o secretário-executivo da Comissão do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO), Robert Floyd, de Viena, destacou que qualquer explosão nuclear por um Estado seria prejudicial e causaria instabilidade às iniciativas de paz global.
Floyd ressaltou que o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT) impede qualquer tipo de explosão nuclear e que a rede de monitoramento internacional é capaz de detectar, em qualquer parte do planeta, qualquer teste dessa natureza.
Ele afirmou que o momento atual deve ser utilizado para impulsionar a ratificação do acordo pelos líderes mundiais, com o objetivo de alcançar um mundo livre de testes nucleares.
Recentemente, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou para o aumento dos riscos relacionados às armas nucleares, incluindo a situação de usinas ucranianas afetadas pela guerra, questões relacionadas ao Irã e esforços renovados na vigilância da Síria, o que tem testado o regime global de não proliferação de maneiras inéditas.
As declarações de Trump provocaram respostas de várias nações. Moscou afirmou que retomará testes nucleares caso outros países abandonem a moratória, enquanto Pequim solicitou que Washington respeite o CTBT.
Por sua vez, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, defendeu que testar a eficácia do arsenal nuclear é essencial para a segurança nacional, lembrando que os EUA não realizaram uma detonação desde 1992. Contudo, a ONU considera qualquer retorno aos testes um retrocesso na luta pela não proliferação nuclear, colocando em risco os esforços globais de manter a paz.