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Acidente
31/10/2025 22:00:00

Risco de Retorno do Debate sobre a Venezuela entre Brasil e EUA em Caso de Persistência de Crise Regional

Lula abordou o tema venezuelano com Trump durante encontro na Ásia, entregando documentos e se posicionando como potencial mediador

Risco de Retorno do Debate sobre a Venezuela entre Brasil e EUA em Caso de Persistência de Crise Regional

A possibilidade de retomar discussões sobre a crise na Venezuela entre Brasil e Estados Unidos aumenta caso a instabilidade na região se intensifique. Em uma reunião na Ásia, o presidente Lula surpreendeu Donald Trump ao colocar a questão venezuelana na pauta após o encerramento dos temas bilaterais, entregando documentos e assumindo o papel de possível negociador.

Durante o encontro em Kuala Lumpur, Lula e Trump instruíram suas equipes a organizar um novo encontro em Washington, que deve acontecer nesta ou na próxima semana. Espera-se a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), do chanceler Mauro Vieira e do ministro da Fazenda Fernando Haddad.

A agenda não deve ser alterada pelo evento da COP30, que ocorrerá em Belém em breve. Preocupados com uma eventual escalada na fronteira ou uma intervenção precipitada dos EUA que possa provocar efeitos desestabilizadores na América do Sul, negociadores brasileiros consideram importante discutir a crise venezuelana com seus homólogos americanos nas próximas semanas.

No encontro na Ásia, Lula teria adotado uma postura assertiva ao introduzir o tema após uma conversa focada em assuntos bilaterais. O presidente brasileiro defendeu a preservação de uma região pacífica e entregou um documento alertando sobre as consequências de uma intervenção militar. Segundo fontes do governo brasileiro, Trump passou o documento para seus assessores, solicitando que o secretário de Estado, Marco Rubio, comentasse.

Rubio reiterou a posição tradicional dos EUA, centrada na libertação de presos políticos e na proteção de cidadãos americanos. Apesar disso, o Brasil mantém uma visão crítica a essa abordagem simplista, argumentando que uma intervenção pode piorar a crise ao invés de resolvê-la e que uma solução mais abrangente é necessária.

A diplomacia do Brasil teme que uma escalada na Venezuela possa levar a um conflito aberto, afetando também a Colômbia e o Caribe, com possíveis impactos negativos em outras regiões. Enquanto isso, o governo brasileiro deseja manter a Venezuela na agenda, mas sem que o tema substitua o foco principal: ampliar as negociações comerciais, reduzir tarifas e encerrar as sanções da Lei Magnitsky.