Petrobras anuncia diminuição nos valores de venda, porém consumidores ainda não percebem a mudança nos postos

A Petrobras comunicou uma redução de 4,9% nos preços de venda da gasolina A às distribuidoras há três dias. Como consequência, o valor médio praticado pela estatal para as distribuidoras passou a ser de aproximadamente R$ 2,71 por litro, refletindo uma diminuição de R$ 0,14 na unidade. Apesar dessa queda, Paulo Tavares, presidente do Sindicombustíveis-DF, alertou nesta quinta-feira (23/10) que o efeito dessa redução ainda não foi sentido pelos consumidores, uma vez que as distribuidoras não repassaram o ajuste aos postos de combustíveis até o momento.

Segundo Tavares, a composição da gasolina com 30% de etanol e 70% de gasolina comum implica que a redução nas distribuidoras deve ser de 0,10 centavos no produto revendido ao público. No entanto, até agora, a diminuição percebida nas bombas foi de apenas 0,04 centavos. Além disso, as empresas elevaram os preços do diesel em 0,03 centavos e do etanol em 0,03 centavos, sem justificativas claras, enquanto a Petrobras afirma não ter realizado reajustes nesse combustível.

O representante do setor reforçou a necessidade de atenção tanto por parte dos revendedores quanto dos consumidores, para garantir que a redução promovida pela estatal atinja de fato o consumidor final.

Dados da própria Petrobras indicam que esta é a segunda redução de preços de gasolina em 2025. Desde o início do ano, a estatal já reduziu seus valores em R$ 0,31 por litro, equivalente a uma diminuição de 10,3%. Desde dezembro de 2022, o preço da gasolina para as distribuidoras caiu R$ 0,36 por litro, uma redução total de 22,4% quando considerada a inflação do período.

A respeito do diesel, a Petrobras mantém seus preços de venda às distribuidoras, após três reduções ocorridas desde março de 2025. Desde dezembro de 2022, a redução acumulada nos preços do diesel, ajustada pela inflação, alcança 35,9%.

Especialistas ressaltam que, apesar das quedas nos valores de venda às distribuidoras, o impacto nos preços finais ao consumidor ainda depende do repasse das empresas aos postos de gasolina e do mercado, o que pode levar algum tempo para acontecer.